quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Texto: Trechos do livro Cristo, Totalmente Desejável de John Flavel.



"Em tempos em que o Senhor Jesus Cristo, tal como Ele é revelado nas Santas Escrituras, é tão pouco conhecido, não é de se admirar que também seja tão escassamente estimado e desejado, mesmo por aqueles que professam a fé cristã. Nas palavras de John Flavel: 
“Oh, a cegueira do homem! Se vocês não veem nenhuma beleza em Cristo que faça com que vocês O desejem, é porque o deus deste mundo tem cegado o vosso entendimento”.
Talvez este seja o principal motivo da tibieza e superficialidade da grande maioria dos cristãos professos dos nossos dias, a saber, falta de desejo ardente e anelo intenso por Cristo que nasce de um coração que não ama apaixonadamente a Jesus.
Falhamos em nosso amor porque Cristo não é real para nós como foi para a Igreja primitiva. A Igreja primitiva não pregava muita doutrina. Eles pregavam a Cristo. Pouco falavam das verdades relativas a Cristo; pregavam o próprio Cristo, Suas mãos, Seus pés, Seu lado, Seus olhos, Sua cabeça, Sua coroa de espinhos, a esponja, o vinagre, os cravos. Oh, anelamos o Cristo de Maria Madalena, mais do que o Cristo do teólogo analítico; deem-me o corpo ferido da 
Divindade, em vez do mais sadio sistema de teologia.
A força do desejo nasce e brota da intensidade do amor e afeição. Não desejamos o que não amamos. Mas o vero amor acende o desejo por Cristo em nossos corações e não 
desejamos nada mais, diremos: “Dá-me Cristo, senão eu morro!”. Temo que em nossos dias tenhamos nos esquecido do Cristo vivo e real e estejamos adorando um Cristo abstrato e idealizado, não-bíblico. Alguns estão tão entusiasmados com os cuidados e festas desta vida que acabaram perdendo a Jesus e deixando-o para trás como Maria e José (Lucas 2:41-45). 
Na Poesia Santa dos Cantares, a noiva tipificando os verdadeiros cristãos, exclama: “Sim, Ele é totalmente desejável” (Cânticos 5:16), O Noivo não é desejável, mas Totalmente Desejável. Os verdadeiros cristãos não nutrem um desejo por Cristo, mas todo o seu desejo é para Cristo. Ele é totalmente desejável, portanto, deve ser totalmente desejado por nós.
Quão pouco os Cristãos têm demonstrado com suas vidas que de fato amam a Cristo ou O desejam! Sim, este é um dos piores de nossos pecados: não desejar completamente o Totalmente Desejável Jesus, e/ou devotar afeição desordenada ao que não é Cristo. Para a maior parte da cristandade, o “mais formoso do que os filhos dos homens” (Salmos 45:2) permanece sendo Um que não tem “beleza nem formosura”. Ao olharem para Ele, não veem “boa aparência” para que O desejem; e, assim, o Mui Sublime Senhor de Toda Glória, em Quem habita corporalmente toda a plenitude da divindade, Aquele que é Tudo em todos, é antes de todas as coisas “em dignidade, glória e real excelência”, a Pedra Eleita e Preciosa, o Desejado das Nações, sendo Ele Todo-Amor, continua sendo “desprezado, e o mais rejeitado entre os homens” (Salmo 24:12; Colossenses 1:17; 2:9; 3:11; 1 Pedro 2:6-8; Isaías 53:2-3; Ageu 2:7). É triste não amar a Cristo". 
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 "Quão pouco os Cristãos têm demonstrado com suas vidas que de fato amam a Cristo ou O desejam! Sim, este é um dos piores de nossos pecados: não desejar completamente o Totalmente Desejável Jesus, e/ou devotar afeição desordenada ao que não é Cristo. Para a maior parte da cristandade, o “mais formoso do que os filhos dos homens” (Salmos 45:2) permanece sendo Um que não tem “beleza nem formosura”. Ao olharem para Ele, não veem “boa aparência” para que O desejem; e, assim, o Mui Sublime Senhor de Toda Glória, em Quem habita corporalmente toda a plenitude da divindade, aquele que é Tudo em todos, é antes de todas as coisas “em dignidade, glória e real excelência”, a Pedra Eleita e Preciosa, o Desejado das Nações, sendo Ele Todo-Amor, continua sendo “desprezado, e o mais rejeitado entre os homens” (Salmo 24:12; Colossenses 1:17; 2:9; 3:11; 1 Pedro 2:6-8; Isaías 53:2-3; Ageu 2:7). É triste não amar a Cristo. 


Neste contexto, nossos corações fervem com as boas e verdadeiras palavras com as quais John Flavel se derrama em amores por Jesus, o Amado. Compreendemos que o presente texto é tanto um bálsamo quanto um chamado, alertando as almas dos verdadeiramente crentes e dos não-convertidos, para que lancem seus olhares para Cristo, somente, e tal como a esposa de Cânticos dos Cânticos, deleitem-Se nEle desde já, contemplando e anunciando as benditas e gloriosas perfeições “puras e sem mistura” do Senhor Jesus, Aquele a quem ama as nossas almas. Ah, se amássemos mais a Cristo, a ponto de estarmos “enfermos de amor”! E ainda assim, todo amor devotado a Ele estaria infinitamente aquém de Sua Dignidade e Excelência! Sim, concordamos com Flavel, que afirma: “A alma está, então, em forma e disposição mais saudável quando está mais enferma de amor por Cristo” (Cântico dos Cânticos 5:8). 

De variadas formas, os incrédulos e o sistema maligno e mundano em meio aos quais vivemos parecem questionar, ainda que sutilmente: “Que é o teu amado mais do que outro amado?”. Todos de Seu Povo, o exército dos santos e eleitos de Deus, podem testemunhar: “Ele é o primeiro entre dez mil”, “Ele é totalmente desejável”! Oh, Cristão! “Deixe tudo permanecer fora e dê preferência a Cristo. Oh, se vocês apenas conhecessem o Seu valor e excelência, o que Ele é em Si mesmo, o que Ele fez por vocês, e merece de vocês, não precisariam de argumentos meus para vos persuadir a amá-lO! Não estime nada desejável exceto enquanto isto é deleitável em Cristo, ou utilizado por causa de Cristo. Não ame nada por si mesmo, não ame nada separado de Jesus Cristo”. Quão bom é para a alma navegar no “mar de doçura sem uma gota de fel”!"(...)
[In PREFACIO do livro Cristo, totalmente desejável - j. Flavel -http://livros.gospelmais.com.br/files/livro-ebook-cristo-totalmente-desejavel.pdf]



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