Extraído do livro:
"COMO ORAR EFICIENTEMENTE PELOS PERDIDOS"
“O deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos...”
(2 Coríntios 4:4)
Capítulo 1
- Compreendendo a Necessidade
Os
perdidos não serão e, na verdade, não poderão ser salvos a menos
que alguém ore por eles. Esta é uma declaração chocante que parece
inacreditável até que vejamos a descrição bíblica dos perdidos como sendo:
filhos do diabo (João 8:44), sob a autoridade de Satanás (Atos 28:18), a casa
de um homem forte (Marcos 3:27), prisioneiros de guerra (Isaías 14:17) e
cegados para o evangelho (2 Coríntios 4:3-4). Todas estas são razões
assustadoras para orarmos pelos perdidos se quisermos que eles tenham alguma esperança
de salvação. Mas vamos nos concentrar apenas na cegueira espiritual neste
momento. 2 Coríntios 4:3-4 diz, “Mas, se o nosso evangelho está encoberto, para
os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho
da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.” Esta passagem ensina claramente que
Satanás cegou as mentes dos perdidos com a finalidade específica de
impedir que eles compreendam o evangelho.
Lewis
Sperry Chafer nos diz que “A cegueira da mente, ou o véu colocado sobre a
mente, mencionada em 2 Coríntios 4:3-4, causa uma incapacidade espiritual para
o descrente entender o caminho da salvação, e é imposta sobre o homem não
regenerado pelo arqui-inimigo de Deus em suas tentativas de impedir o propósito
de Deus na redenção. É uma condição da mente contra a qual o homem não
tem nenhum poder” (Chafer, p. 57).
Um dos
maiores pregadores de todos os tempos foi Charles H. Spurgeon. Veja o que ele
fala ao compartilhar seu testemunho de conversão:
Confesso
que fui criado em piedade, colocado em meu berço por mãos de oração, e as canções
de ninar que cantavam para mim eram sobre Jesus. Eu ouvia o evangelho continuamente.
Mesmo assim, quando a palavra do Senhor veio a mim com poder, era uma novidade tão grande como se eu tivesse vivido sempre
entre as tribos não alcançadas da África Central, e como se eu nunca tivesse
ouvido as novas da purificação feita com o sangue que correu das veias do
Salvador. Quando, pela primeira vez, eu recebi o Evangelho e minha vida foi
salva, achei que eu realmente nunca o havia ouvido antes. Comecei a pensar que
os pregadores que eu havia ouvido não o haviam pregado verdadeiramente. Mas, ao
olhar para trás, fico inclinado a crer que eu havia ouvido o Evangelho
inteiramente pregado muitas centenas de vezes antes. Esta era a
diferença: Naquela época eu o ouvia como se não o ouvisse. Quando eu realmente o ouvi, a mensagem pode não ter sido
mais clara em si mesma do que havia sido em épocas anteriores, mas o poder do Espírito
Santo estava presente para abrir meus ouvidos e para guiar a mensagem ao meu
coração. Então eu achei que nunca havia ouvido a verdade sendo pregada
antes. Agora estou persuadido que a luz brilhou freqüentemente em meus
olhos, mas eu estava cego; portanto, eu achava
que a luz nunca havia estado ali. A luz estava brilhando o tempo todo, mas não
havia poder para recebê-la. O globo ocular da alma não estava sensível aos
raios divinos” (Spurgeon, pp. 26-28).
O
testemunho de Spurgeon é uma ilustração poderosa sobre quão ineficiente é o
evangelho para uma mente que foi cegada para ele. Compartilhar o evangelho com aqueles
por quem ninguém orou é como encorajar um cego a observar o por do sol junto com
você. É um caso perdido, pois ele é cego. Ele não consegue enxergar! E, a menos
que o Espírito Santo remova as vendas demoníacas e abra a mente e o coração
daquele homem, ele não pode ser salvo porque as coisas de Deus são “lhe parecem
loucura” (1 Coríntios 2:14). A palavra grega para loucura é “moria”, de onde deriva
a palavra ‘moron’ em inglês, que significa ‘imbecil’. O dicionário da língua
inglesa Webster’s define a palavra ‘moron’ como “a mais alta classificação de
deficiência mental, acima de imbecil ou idiota.” Logo, uma pessoa perdida vê o
evangelho como sendo uma imbecilidade, uma estupidez; mas é o “homem forte” na
vida dessa pessoa que lhe causa essa atitude negativa em relação ao evangelho. Tentar
compartilhar o evangelho com alguém nessa condição (que inclui todos os
perdidos por quem ninguém está orando), pode até fazer mais mal do que bem. Jessie
Penn-Lewis diz, “Enquanto não reconhecermos o homem forte ‘totalmente armado’ por
detrás de todas as trevas do pensamento, e de toda cegueira para o evangelho,
talvez não consigamos muito no que se refere a tirar as pessoas do poder das
trevas para dentro do reino do amado filho de Deus. E, enquanto não soubermos
como prestar bastante atenção à admoestação do Senhor e primeiro atarmos o homem forte, as tentativas que fizermos para ‘espoliar-lhe
os bens’ apenas o deixarão mais enraivecido,
e o habilitarão a fortalecer sua armadura e a guardar seu palácio em paz”
(Penn-Lewis, pp. 42-43).
Assim
que entendermos a importância de orar pelas vidas a serem salvas, devemos
aprender como fazê-lo. Na edição
da Revista Fullness de Janeiro de 1979, Manley Beasley escreveu um artigo
intitulado “Como orar pelos perdidos”. Esta foi a afirmação de introdução: “Orar
pelos perdidos é uma área sobre a qual muito se fala mas pouco se conhece ou se
entende.” É como tentar abrir um cofre trancado sem conhecer a combinação; não
importa quão valioso seja o conteúdo, nós acabaremos frustrados e desistiremos.
Mas as vidas eternas por quem Cristo morreu são valiosas demais para desistirmos.
Portanto, devemos aprender como orar
eficientemente por elas. A propósito, pode ser que a sua oração esteja mantendo alguém fora do inferno. O famoso reavivalista
Charles G. Finney disse, “No caso de um amigo impenitente, a condição exata
pela qual ele deve ser salvo do inferno pode ser o fervor e a importunação da
oração que você faz por aquele
indivíduo” (Finney, p. 54).
Jesus
fazia apenas o que Ele via o Pai
fazer (João 5:19). Da mesma forma, devemos fazer apenas o que vemos o Senhor
fazer. E o que Ele está fazendo? Jesus vive sempre para interceder por nós
(Hebreus 7:25). Cometemos um grave erro ao rotularmos alguns cristãos como
intercessores. Isso tende a sugerir que o restante de nós está livre da responsabilidade
– NÃO ESTÁ!!! Todos devemos
fazer o que vemos nosso Senhor fazer – orar pelos outros. Portanto, vamos
aprender como orar eficientemente pelos perdidos e vamos nos unir ao nosso
Senhor fazendo o que é o principal.
-Lee E. Thomas-
(Traduzido por Cleide Camargo, D. Div.)
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"...Cometemos um grave erro ao rotularmos alguns cristãos como intercessores. Isso tende a sugerir que o restante de nós está livre da responsabilidade – NÃO ESTÁ!!! Todos devemos fazer o que vemos nosso Senhor fazer – orar pelos outros..."
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