O Véu sobre a Igreja e o Véu sobre Israel
Pois até o dia de hoje, à leitura do velho pacto, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo é ele abolido; sim, até o dia de hoje, sempre que Moisés é lido, um véu está posto sobre o coração deles. Contudo convertendo-se um deles ao Senhor, é-lhe tirado o véu” (2 Co 14-16).
“Pois quê? O que Israel busca, isso não o alcançou; mas os eleitos alcançaram; e os outros foram endurecidos, como está escrito: Deus lhes deu um espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje… Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo…” (Rm 11.7,8,25-27).
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor” (2 Co 3.18).
“…a quem, sem o terdes visto, amais; no qual, sem agora o verdes, mas crendo, exultais com gozo inefável e cheio de glória…”(1 Pe 1.8).
“…lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele; sendo iluminados os olhos do vosso coração…”(Ef 1.17,18).
“Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não é manifesto o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele; porque assim como é, o veremos” (1 Jo 3.2).
Ao lermos as passagens acima, que são apenas uma amostra de muitas outras sobre esse assunto, poderão surgir muitas perguntas:
1 – Afinal de contas, quem vê e quem não vê? Quem está com um véu sobre o rosto, e quem não está?
2 – A igreja vê, e Israel, não?
3 – O véu nos foi tirado pelo Espírito, e, por isso, exultamos com alegria santa?
4 – Mas, se isso é verdade, por que Paulo, escrevendo para os efésios que já tinham recebido o Espírito, ora para que os olhos deles fossem abertos?
5 – De acordo com as Escrituras, ver Jesus nos transforma à sua imagem. Se a igreja está como está, é porque não está vendo Jesus?
Vamos, então, enumerar alguns fatos que podem nos dar respostas a essas indagações:
1 – A maioria dos judeus não discerniu que Jesus era o Messias porque Deus lhes colocou um véu para que os gentios pudessem entrar em seu plano. E isso continua “até o dia de hoje”.
2 – A igreja, inicialmente formada por judeus, mas, depois, majoritariamente por gentios, recebeu a revelação de Jesus e a alegria da salvação.
3 – No fim, os judeus, ao verem a glória de Jesus refletida na vida dos gentios da igreja, sentirão um forte desejo de ter aquilo que eles têm; o véu, então, lhes será tirado e, juntos, judeus e gentios formarão a gloriosa Noiva de Cristo que ele voltará para receber.
4 – Essa revelação inicial da igreja, porém, não era completa ou plena. Era algo que precisava crescer e, à medida que crescesse, a igreja cresceria de forma correspondente em santidade e glória.
5 – O ponto culminante dessa revelação progressiva será a Visão Beatífica – ou seja, ao vermos Jesus descendo fisicamente dos céus em seu corpo glorificado, num abrir e fechar de olhos, por meio de uma lei física ou metafísica que ainda não conhecemos, algum tipo de raio emitido por ele entrará por nossos olhos, nossos corpos físicos serão transformados e subiremos ao encontro dele nos ares. O que causará tudo isso será o fato de, pela primeira vez “o vermos assim como é”.
6 – Infelizmente, a história da igreja não registra uma revelação crescente de Jesus. Pelo contrário, a revelação inicial foi decrescendo até a chamada Idade Escura de mais de mil anos. Tradições sobre tradições se sobrepuseram às verdades do Evangelho até que a luz praticamente se extinguiu.
7 – Portanto, não podemos afirmar hoje que somente os judeus têm um véu sobre seus olhos. A igreja também tem um véu e, enquanto isso persistir, jamais poderá suscitar ciúmes nos judeus ou desencadear o processo da formação da Noiva gloriosa de Cristo.
8 – O véu que está sobre a igreja não é o mesmo que está sobre Israel natural. A igreja tem alguma luz, alguma revelação de Jesus. Israel não tem nenhuma. Desde o fim da Idade Escura, da época da Reforma até hoje, a revelação de Jesus vem crescendo dentro da igreja. Ainda temos muita confusão, dúvida e controvérsia. Temos muitas ideias distorcidas sobre a verdadeira natureza de Deus revelada em Jesus. Mas temos a luz inicial da salvação pela graça. Essa luz precisa crescer até o véu cair dos nossos olhos completamente.
9 – O centro de nossa fé não é uma instituição, um credo, um ritual, um código de regras ou um livro sagrado – é uma Pessoa, um Homem. Somente a visão dele pode transformar-nos em verdadeiros cristãos – pequenos cristos. A visão dele é uma fonte de vida que é tão forte que o pecado e os desejos carnais perdem sua atração e poder. Veja o exemplo de Saulo que, pela simples visão de Cristo, foi totalmente transformado e, em seguida, tornou-se o apóstolo Paulo que transformou a história da humanidade.
10 – A prova de que alguém teve uma revelação genuína do Jesus ressurreto é uma fome insaciável por uma revelação maior. Como disse Paulo: “Mas o que para mim era lucro passei a considerá-lo como perda por amor de Cristo; sim, na verdade, tenho também como perda todas as coisas pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como refugo, para que possa ganhar a Cristo”(Fp 3.7,8).
11 – Apesar de ser uma Pessoa humana real, Jesus é invisível para nós. Por isso, a revelação progressiva dele a nós necessita de um fator muito importante – tempo. A nossa visão dele é o resultado cumulativo de muitos fatores – a Palavra, o Espírito, as experiências e revelações de outras pessoas, os acontecimentos diários em nossa vida, nossas reações a esses acontecimentos e muitas outras coisas. Assim como vivemos com nosso cônjuge por muitos anos e não podemos dizer que o conhecemos completamente, muito mais isso é verdade em relação a Jesus. De fato, por toda a eternidade, ficaremos maravilhados diante do descortinar de novos aspectos de sua natureza, até então desconhecidos por nós.
12. Antes da volta física de Jesus, (simbolizada pela Festa dos Tabernáculos), a igreja terá uma revelação de Jesus no Espírito como nunca antes (simbolizado pelo Dia da Expiação – o único dia em que o sacerdote entrava no Santo dos Santos), e isso trará santidade e glória para a igreja. Assim como a restauração da Festa de Pentecostes tem durado mais de um século, essa experiência do Dia da Expiação não será instantânea ou passageira nem será localizada em um só lugar. Haverá uma revelação de Jesus com muito maior clareza do que já houve em qualquer período anterior na história, e isso se espalhará pela igreja, desencadeando a remoção do véu dos judeus e a formação da Noiva gloriosa de Cristo.
Muito bom a postagem desse texto principalmente as informações concernentes aos judeus em relação a Igreja.
ResponderExcluirPaz
Se você quiser, visite e siga meu blog
http://www.ezequiel-domingues.blogspot.com.br/
Obrigada pelo compartilhar. Seguirei teu blog! Paz!!!
Excluir