A Transformação da Mente - 2º Parte
Rodrigo Abarca : Fonte – Revista Águas Vivas – Nº 64
Publicação: 07/01/2012
O processo de
transformação –ou metamorfose– do cristão à semelhança de Cristo começa com a
renovação do entendimento Rm 12.1-2
A importância da mente
A Escritura nos diz que a transformação, a metamorfose, na vida cristã, ocorre por meio da renovação do nosso entendimento. Nossa mente, nosso entendimento, tem um papel vital na vida cristã prática. E, se nós descuidarmos disso, descuidamos de toda a nossa vida.
Embora estejamos falando dos fundamentos, vamos tratar de pô-los em ordem. Segundo Tessalonicenses, o ser humano está constituído de três partes: espírito, alma e corpo. A parte mais interior da natureza humana é o espírito, que foi criado para ter comunhão com Deus, e também é o órgão consciente da lei moral de Deus.
O espírito está consciente das coisas de Deus, e entende a linguagem do Espírito Santo. E não só isso, o espírito é a morada, a habitação do Espírito Santo no homem.
Quando nós nascemos neste mundo, por causa de todos sermos filhos de Adão, nascemos com um espírito morto. Quando o digo assim, não me refiro a que esteja literalmente morto, mas sim que está carente de função para com Deus. Quer dizer que, quanto a Deus, o espírito está morto por causa do pecado. Por esta razão, o homem natural não percebe as coisas que são do Espírito de Deus (1ª Cor. 3).
Assim como um cego não percebe a luz nem as cores, assim também um homem cujo espírito está morto não percebe as coisas que são do Espírito de Deus. O Espírito de Deus pode ser um vento que sopra com força ao redor dele, mas ele não o percebe.
O dia em que você creu em Jesus Cristo ocorreu um milagre maravilhoso em sua vida: Você é regenerado. Isso significa que o Espírito de Deus entrou em seu espírito e restaurou a sua função original. E, a partir desse momento em diante, o seu espírito passa a estar vivo e funcionando para Deus. Agora você percebe as coisas que são do Espírito de Deus; você está vivo, sente essa agitação da vida em seu interior, sente a voz do Espírito dentro de você. Isto é porque o seu espírito foi regenerado pelo Espírito de Deus.
Mas, observe, ainda não aconteceu nada com a sua alma. O que foi renovado é o seu espírito, e você agora está interiormente despertado para as coisas de Deus. Mas a obra de transformação que o apóstolo Paulo fala não se refere ao nosso espírito – refere-se a nossa alma.
É ali onde deve ser efetuada a mudança, a transformação; é ali onde devemos ser conformados à imagem de Jesus Cristo. Em nossa alma, que é onde reside a nossa personalidade; aí onde está o eu, onde estão os pensamentos, as lembranças, a vontade, as emoções e a mente. E agora vem outra chave: a porta de entrada para a vida da alma não é a vontade nem são as emoções; é a mente. Tudo passa através da mente.
Se o seu espírito for regenerado, mas a sua mente não se renovar, a vida nova que está em seu espírito não poderá alcançar a sua alma. É uma chave absoluta na Escritura. Por isso a ênfase – a mente tem que ser renovada.
A mente como uma janela
Quando vinha para cá, no caminho, dava-me conta que o vidro traseiro do meu automóvel estava horrivelmente sujo e não podia ver quase nada. Assim também, se a sua mente não se renovar, é como uma janela suja. Você trata de olhar através dela, e não vê nada. Você trata de apropriar-se das coisas espirituais, e não pode. Se a sua mente não se renovar, você nunca poderá se apropriar das coisas que Deus tem feito em Cristo. Por isso Paulo enfatiza tanto este ponto.
Todas as misericórdias de Deus são coisas reais, são verdadeiras; todas estão ali, mas você não tem como alcançá-las. Poderá ouvir pregação após pregação, mas a sua mente é velha e ainda não se renovou; ainda é terrena e humana. Você ainda tem a mente do Adão caído, do Adão terrestre.
É impossível que você ou eu possamos viver a vida cristã com uma mente que não se renovou; não há transformação possível. A Escritura põe uma ênfase central nisto.
Vejamos Efésios 4. Quando Paulo fala da vida cristã prática, parte outra vez para o mesmo assunto. «E digo isto, e testifico no Senhor: que já não andeis como os outros gentios, que andam na vaidade da sua mente…» (Ef. 4:17). A vida que os gentios vivem é vã, porque vivem na vaidade da sua mente. Sua mente é vã, cheia de pensamentos vãos, sem propósito, sem o destino, sem assunto; sem conhecimento de Deus, nem dos caminhos, nem dos pensamentos de Deus.
«…tendo o entendimento entrevado –em trevas–, alheios da vida de Deus» (V. 18). É uma mente que não tem a menor capacidade de perceber as coisas de Deus. Deus não existe para eles. «Diz o néscio em seu coração: Não há Deus» (Sal. 14:1). A expressão não se refere a uma negação teórica. O néscio não o diz em sentido filosófico teórico, ao modo de Nietzsche e outros. O néscio é aquele para quem Deus não existe na vida prática. Até pode ser que creia que existe um deus por aí, mas isso não faz nenhuma diferença para a sua vida prática. Na vida real, Deus está ausente. Esse é o néscio, segundo a Escritura.
«…alheios da vida de Deus», porque a sua mente está em trevas. «…pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, depois que perderam toda sensibilidade, se entregaram à lascívia…» (Ef. 4:18-19). Observe, este é o caminho dos pecadores. Quando a mente está entrevada e se torna vã, os homens se tornam escravos de desejos desordenados.
Irmãos amados, os que pastoreiam, recordem isto: Quando uma pessoa está dominada por um desejo desordenado, compulsivo, que não pode controlar, o problema não está no desejo em si – está em sua mente. É sua mente que precisa ser renovada para que seja libertada. Porque a Escritura diz claramente: a lascívia é um desejo desordenado e compulsivo, que você não governa, sobre o qual não tem poder; mas essa é a consequência de uma mente entrevada e vã.
A mente produz esse efeito sobre a vontade e sobre as emoções, porque, na ordem de criação de Deus, a mente deve governar a vontade e as emoções. Se a mente estiver em trevas, a vontade também estará em escuridão, e os desejos se apoderarão dela.
A importância da Verdade
Mas o versículo 20 diz: «Mas vós não aprendestes assim a Cristo…». Observe a ênfase e a maneira em que Paulo fala de Cristo aqui. Você pode recordar as palavras do Senhor quando ele disse: «Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida» (João 14:6). E Paulo, aqui, fala-nos de um desses três aspectos – Cristo como «a verdade». Observe, porque ele está falando da mente. E a maneira em que a mente aprende a Cristo, apropria-se de Cristo, é conhecendo-o como a verdade. Não esqueça isto: O espírito se apropria de Cristo como vida; mas a mente se apropria dele como verdade.
Cristo é tão completo. Ele não é apenas a vida; também é a verdade. E, sendo ele a verdade, pode renovar a nossa mente. Por isso diz: «…se na verdade o ouvistes, e fostes por ele ensinados, conforme é à verdade que está em Jesus». Você conhece a verdade que está em Jesus? Conhece a Jesus Cristo como a verdade, e não só como a vida ou como poder? Porque o único que pode renovar a sua mente é Cristo, a verdade.
E então diz: «Quanto à passada maneira de viver, vos despojeis do velho homem, que está viciado conforme os desejos enganosos, e vos renoveis no espírito da vossa mente, e revesti-vos do novo homem, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade» (Ef. 4:22-24). Porque esse é o assunto – a verdade está em Jesus.
Se você ler Romanos 6, que é uma das misericórdias de Deus, um dos fundamentos da vida cristã, descobrirá que ali diz que «o nosso velho homem foi crucificado juntamente com ele (Cristo)» (Rom. 6:6). Esta crucificação do velho homem está no tempo passado. Algo que já ocorreu; um fato definitivo, completo, acabado no passado.
O menciono, porque, quando você lê em Efésios 4:22, parece que diz uma coisa distinta. Diz: «vos despojeis do velho homem…». Então, a pergunta é: que diferença há entre o meu velho homem que foi crucificado, e o que Paulo diz agora para que nos despojemos do velho homem? Veja a diferença: Lá é algo que já ocorreu; aqui é algo que tem que ocorrer. Em Romanos 6 é um fato completo, acabado; mas aqui é dito que é algo que ainda tem que ser realizado.
Mas, recorde, no princípio dissemos que a revelação e o ensino são as duas asas necessárias para voar. A primeira asa é que o nosso velho homem «foi crucificado»; e a segunda: «despojai-vos». O que significa isso? Paulo quer dizer que, o velho homem, em termos absolutos, do ponto de vista da verdade, já foi crucificado com Cristo e terminou a sua carreira. Esse é o fato, essa é a verdade.
Mas, ainda o velho homem habita em minha mente. Aqui, minha mente, é ainda a mente do velho homem. Então –embora esteja crucificado e foi crucificado com Cristo–, em minha experiência, está aqui, na medida que vive em minha mente. Se minha mente for ainda a mente de Adão, a mente caída do velho homem, ainda o velho homem está aqui.
Então, o que tem que ocorrer? Tenho que me despojar do velho homem. E isto se refere a que coisa? A tirar o velho homem de minha mente, isto é, os pensamentos, conceitos e crenças associados com ele. Quando nascemos, nossa mente é como uma folha em branco. À medida que crescemos, o mundo que nos rodeia vai escrevendo nela, e vai estruturando a sua imagem. Suas idéias, conceitos e crenças são gravadas profundamente em nossas mentes, e em seguida passam a governar as nossas emoções e vontade. Este mundo jaz debaixo do pecado, e assim, através da nossa mente, o pecado se apodera da nossa vida.
No entanto, agora em Cristo estamos livres do poder do pecado, e, por meio do Espírito, temos o poder de renovar a nossa mente, e com isso toda a nossa vida interior, quer dizer nossa vontade e emoções. Ao fazê-lo, ao nos renovar na estrutura fundamental de nossa mente, ou como diz Paulo, «o espírito da vossa mente», toda a nossa vida prática será afetada e transformada pela vida divina. A vontade por si mesmo é incapaz de tomar decisões, a menos que seja iluminada pelo entendimento e energizada pelas emoções. Por isso, se nosso entendimento estiver entrevado, a vontade ficará escrava dos desejos desordenados do nosso corpo.
A importância da mente
A Escritura nos diz que a transformação, a metamorfose, na vida cristã, ocorre por meio da renovação do nosso entendimento. Nossa mente, nosso entendimento, tem um papel vital na vida cristã prática. E, se nós descuidarmos disso, descuidamos de toda a nossa vida.
Embora estejamos falando dos fundamentos, vamos tratar de pô-los em ordem. Segundo Tessalonicenses, o ser humano está constituído de três partes: espírito, alma e corpo. A parte mais interior da natureza humana é o espírito, que foi criado para ter comunhão com Deus, e também é o órgão consciente da lei moral de Deus.
O espírito está consciente das coisas de Deus, e entende a linguagem do Espírito Santo. E não só isso, o espírito é a morada, a habitação do Espírito Santo no homem.
Quando nós nascemos neste mundo, por causa de todos sermos filhos de Adão, nascemos com um espírito morto. Quando o digo assim, não me refiro a que esteja literalmente morto, mas sim que está carente de função para com Deus. Quer dizer que, quanto a Deus, o espírito está morto por causa do pecado. Por esta razão, o homem natural não percebe as coisas que são do Espírito de Deus (1ª Cor. 3).
Assim como um cego não percebe a luz nem as cores, assim também um homem cujo espírito está morto não percebe as coisas que são do Espírito de Deus. O Espírito de Deus pode ser um vento que sopra com força ao redor dele, mas ele não o percebe.
O dia em que você creu em Jesus Cristo ocorreu um milagre maravilhoso em sua vida: Você é regenerado. Isso significa que o Espírito de Deus entrou em seu espírito e restaurou a sua função original. E, a partir desse momento em diante, o seu espírito passa a estar vivo e funcionando para Deus. Agora você percebe as coisas que são do Espírito de Deus; você está vivo, sente essa agitação da vida em seu interior, sente a voz do Espírito dentro de você. Isto é porque o seu espírito foi regenerado pelo Espírito de Deus.
Mas, observe, ainda não aconteceu nada com a sua alma. O que foi renovado é o seu espírito, e você agora está interiormente despertado para as coisas de Deus. Mas a obra de transformação que o apóstolo Paulo fala não se refere ao nosso espírito – refere-se a nossa alma.
É ali onde deve ser efetuada a mudança, a transformação; é ali onde devemos ser conformados à imagem de Jesus Cristo. Em nossa alma, que é onde reside a nossa personalidade; aí onde está o eu, onde estão os pensamentos, as lembranças, a vontade, as emoções e a mente. E agora vem outra chave: a porta de entrada para a vida da alma não é a vontade nem são as emoções; é a mente. Tudo passa através da mente.
Se o seu espírito for regenerado, mas a sua mente não se renovar, a vida nova que está em seu espírito não poderá alcançar a sua alma. É uma chave absoluta na Escritura. Por isso a ênfase – a mente tem que ser renovada.
A mente como uma janela
Quando vinha para cá, no caminho, dava-me conta que o vidro traseiro do meu automóvel estava horrivelmente sujo e não podia ver quase nada. Assim também, se a sua mente não se renovar, é como uma janela suja. Você trata de olhar através dela, e não vê nada. Você trata de apropriar-se das coisas espirituais, e não pode. Se a sua mente não se renovar, você nunca poderá se apropriar das coisas que Deus tem feito em Cristo. Por isso Paulo enfatiza tanto este ponto.
Todas as misericórdias de Deus são coisas reais, são verdadeiras; todas estão ali, mas você não tem como alcançá-las. Poderá ouvir pregação após pregação, mas a sua mente é velha e ainda não se renovou; ainda é terrena e humana. Você ainda tem a mente do Adão caído, do Adão terrestre.
É impossível que você ou eu possamos viver a vida cristã com uma mente que não se renovou; não há transformação possível. A Escritura põe uma ênfase central nisto.
Vejamos Efésios 4. Quando Paulo fala da vida cristã prática, parte outra vez para o mesmo assunto. «E digo isto, e testifico no Senhor: que já não andeis como os outros gentios, que andam na vaidade da sua mente…» (Ef. 4:17). A vida que os gentios vivem é vã, porque vivem na vaidade da sua mente. Sua mente é vã, cheia de pensamentos vãos, sem propósito, sem o destino, sem assunto; sem conhecimento de Deus, nem dos caminhos, nem dos pensamentos de Deus.
«…tendo o entendimento entrevado –em trevas–, alheios da vida de Deus» (V. 18). É uma mente que não tem a menor capacidade de perceber as coisas de Deus. Deus não existe para eles. «Diz o néscio em seu coração: Não há Deus» (Sal. 14:1). A expressão não se refere a uma negação teórica. O néscio não o diz em sentido filosófico teórico, ao modo de Nietzsche e outros. O néscio é aquele para quem Deus não existe na vida prática. Até pode ser que creia que existe um deus por aí, mas isso não faz nenhuma diferença para a sua vida prática. Na vida real, Deus está ausente. Esse é o néscio, segundo a Escritura.
«…alheios da vida de Deus», porque a sua mente está em trevas. «…pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; os quais, depois que perderam toda sensibilidade, se entregaram à lascívia…» (Ef. 4:18-19). Observe, este é o caminho dos pecadores. Quando a mente está entrevada e se torna vã, os homens se tornam escravos de desejos desordenados.
Irmãos amados, os que pastoreiam, recordem isto: Quando uma pessoa está dominada por um desejo desordenado, compulsivo, que não pode controlar, o problema não está no desejo em si – está em sua mente. É sua mente que precisa ser renovada para que seja libertada. Porque a Escritura diz claramente: a lascívia é um desejo desordenado e compulsivo, que você não governa, sobre o qual não tem poder; mas essa é a consequência de uma mente entrevada e vã.
A mente produz esse efeito sobre a vontade e sobre as emoções, porque, na ordem de criação de Deus, a mente deve governar a vontade e as emoções. Se a mente estiver em trevas, a vontade também estará em escuridão, e os desejos se apoderarão dela.
A importância da Verdade
Mas o versículo 20 diz: «Mas vós não aprendestes assim a Cristo…». Observe a ênfase e a maneira em que Paulo fala de Cristo aqui. Você pode recordar as palavras do Senhor quando ele disse: «Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida» (João 14:6). E Paulo, aqui, fala-nos de um desses três aspectos – Cristo como «a verdade». Observe, porque ele está falando da mente. E a maneira em que a mente aprende a Cristo, apropria-se de Cristo, é conhecendo-o como a verdade. Não esqueça isto: O espírito se apropria de Cristo como vida; mas a mente se apropria dele como verdade.
Cristo é tão completo. Ele não é apenas a vida; também é a verdade. E, sendo ele a verdade, pode renovar a nossa mente. Por isso diz: «…se na verdade o ouvistes, e fostes por ele ensinados, conforme é à verdade que está em Jesus». Você conhece a verdade que está em Jesus? Conhece a Jesus Cristo como a verdade, e não só como a vida ou como poder? Porque o único que pode renovar a sua mente é Cristo, a verdade.
E então diz: «Quanto à passada maneira de viver, vos despojeis do velho homem, que está viciado conforme os desejos enganosos, e vos renoveis no espírito da vossa mente, e revesti-vos do novo homem, criado segundo Deus na justiça e santidade da verdade» (Ef. 4:22-24). Porque esse é o assunto – a verdade está em Jesus.
Se você ler Romanos 6, que é uma das misericórdias de Deus, um dos fundamentos da vida cristã, descobrirá que ali diz que «o nosso velho homem foi crucificado juntamente com ele (Cristo)» (Rom. 6:6). Esta crucificação do velho homem está no tempo passado. Algo que já ocorreu; um fato definitivo, completo, acabado no passado.
O menciono, porque, quando você lê em Efésios 4:22, parece que diz uma coisa distinta. Diz: «vos despojeis do velho homem…». Então, a pergunta é: que diferença há entre o meu velho homem que foi crucificado, e o que Paulo diz agora para que nos despojemos do velho homem? Veja a diferença: Lá é algo que já ocorreu; aqui é algo que tem que ocorrer. Em Romanos 6 é um fato completo, acabado; mas aqui é dito que é algo que ainda tem que ser realizado.
Mas, recorde, no princípio dissemos que a revelação e o ensino são as duas asas necessárias para voar. A primeira asa é que o nosso velho homem «foi crucificado»; e a segunda: «despojai-vos». O que significa isso? Paulo quer dizer que, o velho homem, em termos absolutos, do ponto de vista da verdade, já foi crucificado com Cristo e terminou a sua carreira. Esse é o fato, essa é a verdade.
Mas, ainda o velho homem habita em minha mente. Aqui, minha mente, é ainda a mente do velho homem. Então –embora esteja crucificado e foi crucificado com Cristo–, em minha experiência, está aqui, na medida que vive em minha mente. Se minha mente for ainda a mente de Adão, a mente caída do velho homem, ainda o velho homem está aqui.
Então, o que tem que ocorrer? Tenho que me despojar do velho homem. E isto se refere a que coisa? A tirar o velho homem de minha mente, isto é, os pensamentos, conceitos e crenças associados com ele. Quando nascemos, nossa mente é como uma folha em branco. À medida que crescemos, o mundo que nos rodeia vai escrevendo nela, e vai estruturando a sua imagem. Suas idéias, conceitos e crenças são gravadas profundamente em nossas mentes, e em seguida passam a governar as nossas emoções e vontade. Este mundo jaz debaixo do pecado, e assim, através da nossa mente, o pecado se apodera da nossa vida.
No entanto, agora em Cristo estamos livres do poder do pecado, e, por meio do Espírito, temos o poder de renovar a nossa mente, e com isso toda a nossa vida interior, quer dizer nossa vontade e emoções. Ao fazê-lo, ao nos renovar na estrutura fundamental de nossa mente, ou como diz Paulo, «o espírito da vossa mente», toda a nossa vida prática será afetada e transformada pela vida divina. A vontade por si mesmo é incapaz de tomar decisões, a menos que seja iluminada pelo entendimento e energizada pelas emoções. Por isso, se nosso entendimento estiver entrevado, a vontade ficará escrava dos desejos desordenados do nosso corpo.
"...Quando nós nascemos neste mundo, por causa de todos sermos filhos de Adão, nascemos com um espírito morto. Quando o digo assim, não me refiro a que esteja literalmente morto, mas sim que está carente de função para com Deus. Quer dizer que, quanto a Deus, o espírito está morto por causa do pecado. Por esta razão, o homem natural não percebe as coisas que são do Espírito de Deus (1ª Cor. 3)"...
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