Humildade - A Beleza da Santidade
Será que sabemos realmente o que é humildade? Através de diversos exemplos
bíblicos, este livro nos mostra uma vida de profunda humildade que todo cristão
sincero deve buscar para seu crescimento espiritual e para a glória de
Deus.O orgulho é a raiz de todo pecado e mal, a porta, o
nascimento e a maldição do inferno, a explicação de toda decadência e fracasso.
O orgulho da “santidade” é o mais sutil de todos os males, enquanto a humildade
é o único solo fértil no qual a graça de Deus pode produzir abundante fruto. O
mal não pode ter início a não ser pelo orgulho, e não ter fim a não ser pela
humildade. A verdade é esta: o orgulho tem de morrer em você, ou nada dos céus
poderá viver em você. A humildade tem de lançar a semente, ou não pode haver
colheita nos céus.
PREFÁCIO DO AUTOR
Há três grandes motivos que nos impulsionam à humildade. Eles são baseados em três perspectivas sob as quais a
humildade pode ser considerada, as
três maneiras de catalogar a humildade. Deixe-me explicar. A humildade aplica-se a mim como uma criatura, como um pecador
e como um santo. E ela me cabe perfeitamente em cada uma dessas três
categorias.Vemos o primeiro aspecto da humildade nas hostes celestiais, no homem
antes da Queda e em Jesus como Filho do Homem. O segundo aspecto apela para nós em nosso estado caído e
indica o único caminho pelo qual
podemos retornar ao nosso devido lugar como criaturas. No terceiro aspecto da
humildade, temos o mistério da graça,
a qual nos ensina que, à medida que nos envolvemos na grandeza irresistível do
amor redentor, a humildade torna-se para nós a consumação da bem-aventurança e
da adoração eternas.Em nosso ensino
religioso comum, o segundo aspecto tem sido muito enfatizado, tanto que alguns
já foram ao extremo de dizer que temos de permanecer pecando a fim de,
efetivamente, permanecer humildes. Outros,
porém, pensam que vigorosa autocondenação é o segredo da humildade. Mas
nada disso é verdade. Assim, a vida cristã tem sofrido perda, pois os crentes
não são distintamente guiados a ver que até mesmo em nosso relacionamento com
pessoas como nós, nada é mais natural, belo
e abençoado do que ser nada, para que Deus seja tudo. Também não ficou claro que não é o pecado
que humilha mais, mas a graça, e que
justamente a alma que, através de sua pecaminosidade, foi levada a se
ocupar com Deus em Sua maravilhosa glória
como Soberano, Criador e Redentor, é que irá verdadeiramente tomar o
lugar mais baixo diante Dele. Nessas
meditações tenho, por mais de uma razão, quase que exclusivamente me direcionado
à humildade que nos cabe como criaturas.
Não é apenas porque a conexão entre a humildade e o pecado seja tão abundantemente destacada em todo
ensino religioso,mas porque creio que para a plenitude da vida cristã é
indispensável que a proeminência
seja dada a este outro aspecto. Se Jesus deve realmente ser nosso
exemplo em Sua humildade, precisamos entender os princípios em que isso é
baseado e nos quais encontramos o terreno comum
no qual estamos com Ele, e nos quais, portanto, nossa semelhança a Ele deve ser alcançada. Se devemos
realmente ser humildes, não somente
diante de Deus, mas também diante dos homens,
se a humildade deve ser nossa alegria, temos de ver que ela não é apenas a marca da vergonha por causa do pecado,
mas,independentemente de todo pecado, humildade é estar revestido com a
própria beleza e bem-aventurança do céu e de Jesus.Veremos que, assim como
Jesus encontrou Sua glória tomando a forma
de um servo, então, quando disse: "Quem quiser tornar-se grande entre vós, esse será o que vos sirva",
Ele simplesmente nos ensinou a verdade abençoada de que não há nada tão
divino e celestial como ser um servo e
ajudador de todos. O servo fiel que reconhece sua posição encontra um
prazer real em suprir os desejos do mestre ou de seus convidados. Quando vemos que a humildade é algo infinitamente
mais profundo do que contrição, e a
aceitamos como nossa participação na vida
de Jesus, então, começaremos a aprender que ela é nossa verdadeira nobreza, e que provar isso sendo servos
de todos é o mais elevado cumprimento
de nosso destino como homens criados àimagem de Deus.Quando olho para trás, em minha própria
experiência religiosa,ou olho ao redor para a Igreja de Cristo pelo mundo, fico
preocupado ao considerar quão pouco a
humildade é buscada como aspecto dis-tintivo
do discipulado de Jesus. Na pregação e no viver, no convívio diário do
lar e da vida social, na comunhão mais especial com cristãos, na direção e
execução da obra de Cristo, ah! quanta prova há de que a humildade não é considerada a virtude principal,
a raiz da qual as graças podem
crescer, a única condição indispensável da verdadeira comunhão com Jesus. O
fato de os homens poderem dizer que a afirmação daqueles que dizem estar
buscando uma santidade mais elevada não vem acompanhada de
um aumento em humildade é um sonoro desafio para todos
os cristãos sérios - não importando se há
mais ou menos
verdade na acusação — para provar que mansidão e humildade de coração são as
marcas essenciais pelas quais devem ser conhecidos os que seguem o manso e
humilde Cordeiro de Deus.
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"O mal não pode ter início a não ser pelo orgulho, e não ter fim a não ser pela humildade. A verdade é esta: o orgulho tem de morrer em você, ou nada dos céus poderá viver em você. A humildade tem de lançar a semente, ou não pode haver colheita nos céus".
ResponderExcluirSugestão da irmã Eloides.
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