sábado, 28 de junho de 2014

Texto: O Duplo Chamamento - Christian Chen

O Duplo Chamamento - Christian Chen

"... indica o quanto Deus quer nos salvar de nós mesmos."

Nos primeiros duplos chamamentos, Deus nos mostra a esperança do seu chamamento; Ele nos chama para entrar em algo e para deixar algo. E nos chamamentos do Novo Testamento vemos uma importante característica comum. O Senhor não chamou Maria, mas Marta; Ele não chamou Pedro, mas Simão, apesar de ter-lhe mudado o nome para Pedro em Mateus 16; e Ele chamou Saulo, não Paulo. Esses três nomes indicam o homem natural. Portanto, os chamamentos do Novo Testamento enfatizam a necessidade de nos apartarmos do homem natural. Ao seguirmos o Senhor, descobrimos que o maior obstáculo para isso é o homem natural. Assim, Deus, por um lado, nos mostra onde vamos entrar e, por outro, nos mostra de onde partimos. Isso é de fato, a esperança do nosso chamamento.

Podemos, por isso, dizer que o chamamento de Abraão, de Jacó e de Samuel são chamamentos de vida, enquanto o de Marta, de Simão e de Saulo são chamamentos da cruz. A cruz sempre exige negação, a cruz sempre exige deixarmos algo; mas seu ponto final é nos levar à morte, pela qual entramos na ressurreição, mas o crescimento em vida nessa esfera encontra três obstáculos, representados por Marta, Simão e Saulo.

“Marta, Marta”

Não veremos detalhadamente, mas podemos dizer que Marta representa o fervor natural, Simão representa a vida natural e Saulo representa a visão natural. Portanto, ao dizer-nos “Marta, Marta” , O Senhor indica seu desejo de salvar-nos do fervor natural. Por sermos naturalmente fervorosos, todas as coisas se tornam complicadas. O Senhor Jesus disse a Marta: “andas inquieta e te preocupas com muitas coisas”; ou seja, por ter ela muito fervor, muitas coisas se tornaram complicadas. Depois Ele acrescentou: “Entretanto pouco é necessário, ou mesmo uma só coisa; Maria, pois, escolheu boa parte e esta não lhe será tirada” (Lc 10.42).

Que significa o chamamento de Marta? É a obra do Senhor de nos salvar de muitas coisas para uma só, ou seja, o testemunho de Deus. Para que haja o testemunho de Deus é preciso que sejamos libertados do fervor natural que gera dentro de nós muitas coisas; precisamos ser reduzidos a uma só coisa. Uma pessoa que é realmente chamada é uma pessoa simples. Hoje na igreja há muitos fervorosos, e isso torna a igreja muito complicada, com muitos caminhos. Numa grande cidade é muito fácil alguém se perder, pois há muitos caminhos, mas na Nova Jerusalém, independente da porta pela qual você entrar, só existe um caminho.você não se perde, pois entrando por qualquer porta, o único caminho o levará ao trono de Deus.

Portanto, muitos dos problemas entre filhos de Deus, que O tem impedido de ter seu testemunho, foram gerados pelas pessoas fervorosas, complicadas, que geram muitas coisas que distraem da única “coisa” que importa, que é o próprio Senhor, por isso, precisamos ouvir o chamamento “Marta, Marta”.

“Simão, Simão”

Mas precisamos também ouvir “Simão, Simão” o qual está relacionado à vida natural. Por meio da experiência de Simão, que passou a ser chamado de Pedro, vemos quão forte é a vida natural.

Quanto Pedro confiava em si mesmo, julgando que nunca cairia! Por ter a si mesmo como centro, como padrão, ele era muito forte e confiante em sua vida da alma. Quando negou por três vezes ao Senhor, Pedro estava esquentando-se próximo a um braseiro (Jo 18.18). É interessante que a palavra grega traduzida como braseiro aparece apenas duas vezes na Bíblia, e em ambas há três manifestações de Pedro em relação ao Senhor. Na primeira, como dissemos, ele negou o Senhor por três vezes, afirmando, com imprecações, que não O conhecia, na segunda vez numa cena providenciada pela soberania de Deus Pedro é perguntado três vezes sobre seu amor pelo Senhor.

Pedro e os outros haviam pescado durante toda noite, mas nada haviam apanhado. Ao voltar para praia, o que encontraram? Ali, na terra, havia peixe preparado para eles pelo próprio Senhor. Eles queriam peixe e não estavam pensando em pão, mas o Senhor lhes havia preparado pão e peixe. Peixe é a riqueza do mar, pão é a riqueza da terra; portanto, o Senhor lhes havia preparado na praia todas as riquezas. E a Bíblia registra que tudo isso estava em braseiro (21.9). Porque o Senhor preparou aquelas brasas? Porque outrora Pedro O havia negado três vezes também diante de outro braseiro. Agora, diante de outro braseiro, ele declara por três vezes seu amor ao Senhor.

Nosso Senhor salvou Pedro de sua vida natural, no auge de sua vida natural, na maior demonstração de força de sua vida natural, ele declarou, “De nenhum modo [eu] Te negarei” (Mt 26.35) Toda vez que falava, Pedro começava do eu. Mas a cruz começou a fazer uma obra profunda nele. Pedro caiu e caiu totalmente. Ele foi derrubado pela cruz, e agora não é mais como antes. Antes ele falava começando com “eu”, mas agora ele diz: Senhor, Tu sabes que Te amo”. Começa com Tu, não mais com eu. Agora, o que importa não é mais a Voz de Pedro, mas a voz de Cristo: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Esse é, portanto o significado de “Simão, Simão”.

“Saulo, Saulo”

Por fim temos “Saulo, Saulo”, que representa a visão natural. Antes de Saulo ser salvo, ele era uma pessoa de três mundos. Na cruz do Senhor havia uma epígrafe escrita em três línguas, latim, hebraico e grego. O latim representa o mundo político e militar de Roma, o hebraico representa o mundo religioso dos judeus e o grego representa a cultura da civilização grega. Somando o mundo militar ao político, ao religioso e ao cultural, temos a totalidade do sistema de Satanás chamado de mundo. Portanto, quem crucificou o Senhor Jesus? Foi o mundo; foi o mundo que disse: “Crucifica-o! crucifica-o!”, “Elimina-o! Elimina-o”.

Saulo era um homem absolutamente mundano. Ele era “hebreu de hebreus” (Fp 3.5). Ele era excelente no mundo hebraico. Ele cresceu na cidade de Tarso, que era uma cidade universitária. Isso liga à cultura grega, além disso, ele era um cidadão romano. Portanto, o mundo que Saulo abraçava era composto por estes aspectos, os quais haviam crucificado o Senhor.

Por isso, não é de estranhar que, antes da sua conversão, ele perseguisse os filhos de Deus. De acordo com Deuteronômio, “o que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (21.23). Assim, uma vez que o Senhor Jesus havia sido pendurado no madeiro, ele não poderia ser o Messias, pois, era um maldito. E aqueles que O seguiam também malditos. Essa atitude era determinada por seu forte envolvimento com o mundo religioso. Os três mundos estavam representados em Saulo.

Como outrora o mundo havia crucificado o Senhor Jesus, agora, por meio desse seu grande representante queria também colocar Seus seguidores na cruz.

Então Saulo, tomando cartas dos lideres judeus em Jerusalém foi para Damasco a fim de prender os cristãos dali. Ele era ambicioso e tomado pela visão mundana do sucesso. Por causa disso, ele não conseguia, por exemplo, perceber que Israel estava sob o domínio do império romano e ocupando apenas uma pequena porção de terra que Deus havia prometido a Abraão. Ao ler o livro de Atos, veremos que era capaz de citar um poema grego enquanto pregava. Isso mostra como aquela cultura realmente o dominava.

Por um lado, ele havia permeado pela Palavra de Deus do Antigo Testamento, mas sua visão era mundana: ele conhecia a cultura Grega e sabia que os romanos eram muito práticos. Por isso afirmou que “os judeus pedem sinais, como os Gregos buscam sabedoria” (1CO 1.22). Portanto, para os gregos a cruz era sinal de estupidez, enquanto para os judeus, de fraqueza. Mas, para Paulo, Cristo crucificado era “poder de Deus e sabedoria de Deus. Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os homens: e a fraqueza de Deus é mais forte que do que os homens. (vv 24, 25)”. [Aleluia!]

Essa é a mensagem da cruz

Paulo declarou aos Corintios; “decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado” (2.2). Ele disse isso tendo em vista o que o conhecera do mundo, por saber o que queriam os gregos e os judeus. Eles queriam, mas, não alcançaram, pois desprezavam a cruz, e a cruz era exatamente o que eles precisavam.

Antes de sua conversão, Paulo era uma pessoa cheia de visão mundana. Mas graças ao Senhor, no caminho de Damasco, uma grande luz do céu brilhou ao seu redor e ele ficou cego. Seus olhos tinham contato com o mundo de então; eram olhos penetrantes, que lhe traziam todas as informações de que precisava para solidificar mais e mais sua maneira de ver as coisas.

Deus, então o cegou para o mundo e, desde então seus olhos tiveram problema. Eu, pessoalmente creio que, por que aquela luz foi muito forte, Paulo tenha contraído catarata; por isso, aos gálatas ele escreveu: “Vede com que letras grandes vos escrevi” (6.11). Eu já tive catarata: por causa dela vê-se o mundo todo nublado.

Assim sendo, desde aquele dia, o mundo tornou-se nublado para o jovem perseguidor da igreja. A partir daquela voz: “Saulo, Saulo” o Senhor salvou-o da visão mundana, pois aprouve a Deus revelar Seu Filho nele (Gl 1.15,16). Seus olhos físicos estavam cegos, mas, seus olhos interiores se abriram. Ele conheceu Cristo e Sua Cruz. Antes quando via, ele era, na verdade, cego, pois achava a cruz uma tolice; achava que a cruz era um sinal de fraqueza, pois ele abraçava o entendimento do mundo romano e do grego. Ambos os povos haviam negado ao Senhor Jesus e perseguiam seus seguidores.

Paulo era cego, ele não via; mas quando ficou cego no caminho de Damasco, quando viu o Senhor da glória, interiormente Deus lhe abriu um novo mundo, e este novo mundo é uma pessoa! Ele encontrou Cristo! Aleluia, agora ele via! Aquela cruz que ele desprezava, aquela cruz que para ele era fraqueza, aquela cruz que ele julgava tola, agora ele viu que ela representava a sabedoria e o poder de Deus.
Oh irmãos e irmãs, que maravilhoso é o chamamento de “Saulo, Saulo”! Por um lado, seus olhos foram cegados, por outro, eles se abriram. O chamamento da Cruz fez com que seus olhos cegassem; o chamamento da vida fez com que seus olhos interiores se abrissem. Portanto “Saulo, Saulo” significava que Deus quer nos salvar da visão natural.

“Marta,Marta”, “Simão, Simão” e “Saulo ,Saulo” somados indicam o quanto Deus quer nos salvar de nós mesmos. Nosso ego é o homem natural, que, ao manifestar seu fervor, é representado por Marta; ao manifestar sua força e vida, é representado por Simão, e ao manifestar sua visão, é representado por Saulo. O que Marta, Simão e Saulo representam são três grandes obstáculos para o crescimento da vida, e a cruz tem de eliminar todos eles. Por que hoje o testemunho de Deus está em desolação? Porque muitos não ouviram “Marta, Marta”, muitos não ouviram “Simão, Simão” muitos não ouviram “Saulo, Saulo”.


Fonte: O Duplo Chamamento - Editora: Tesouro Aberto / http://www.celebrandodeus.com.br/Data_Site/002TextoSite.asp?ID=1434

Texto: A Absoluta Importância do Motivo - A. W. Tozer

A Absoluta Importância do Motivo A. W. Tozer

 "Toda atividade em nossa própria carne é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento"
A prova pela qual toda conduta será finalmente julgada é o motivo. Como a água não pode subir mais alto do que o nível da sua fonte, assim a qualidade moral de um ato nunca pode ir mais alto do que o motivo que o inspira. Por esta razão, nenhum ato procedente de um mau motivo pode ser bom, ainda que algum bem possa parecer provir dele. Toda ação praticada por ira ou despeito, por exemplo, ver-se-á afinal que foi praticada pelo inimigo e contra o reino de Deus. Infelizmente, a natureza da atividade religiosa é tal que muita coisa dela pode ser levada a efeito por razões não boas, como a raiva, a inveja, a ambição, a vaidade e a avareza. Toda atividade em nossa própria carne é essencialmente má e como tal será avaliada no julgamento.
Nesta questão de motivos, como em muitas outras coisas, os fariseus dão-nos claros exemplos. Eles continuam sendo os mais tristes fracassos religiosos do mundo, não por causa de erro doutrinário, nem porque fossem pessoas de vida abertamente dissoluta. Todo o problema deles estava na qualidade dos seus motivos religiosos. Oravam, mas para serem ouvidos pelos homens, e deste modo o seu motivo arruinava as suas orações e as tornava não somente inúteis, mas realmente más. Contribuíam generosamente para o serviço do templo, mas às vezes o faziam para escapar do seu dever para com os seus pais, e isto era um mal, um pecado. Eles condenavam o pecado e se levantavam contra ele quando o viam nos outros, mas o faziam por sua justiça própria e por sua dureza de coração. Assim era com quase tudo que faziam. Suas atividades eram cercadas de uma aparência de santidade, e essas mesmas atividades, se realizadas por motivos puros, seriam boas e louváveis. Toda a fraqueza dos fariseus jazia na qualidade dos seus motivos.
Que isso não é coisa pequena infere-se do fato de que aqueles religiosos formais e ortodoxos continuaram em sua cegueira até que finalmente crucificaram o Senhor da glória sem um pingo de noção da gravidade do seu crime. Atos religiosos praticados por motivos vis são duplamente maus — maus em si mesmos e maus porque praticados em nome de Deus. Isso é equivalente a pecar em nome daquele Ser que é sem pecado, a mentir em nome daquele que não pode mentir, e a odiar em nome daquele cuja natureza é amor. Os cristãos, especialmente os muito ativos, freqüentemente devem tomar tempo para sondar as suas almas para certificar-se dos seus motivos. Muito solo é cantado para exibição; muito sermão é pregado para mostrar talento; muita igreja é fundada como uma bofetada nalguma outra igreja. Mesmo a atividade missionária pode tornar-se competitiva, e a conquista de almas pode degenerar, passando a ser uma espécie de plano de vendedor de escovas, para satisfazer a carne. Não se esqueçam, os fariseus eram grandes missionários, e circundavam mar e terra para fazer um converso. Um bom modo de evitar a armadilha da atividade religiosa vazia é comparecer ante Deus sempre que possível com as nossas Bíblias abertas no capítulo treze de 1 Coríntios. Esta passagem, conquanto considerada como uma das mais belas da Bíblia, é também uma das mais severas das que se acham nas Escrituras Sagradas. O apóstolo toma o serviço religioso mais elevado e o consigna à futilidade, a menos que seja motivado pelo amor. Sem amor, profetas, mestres, oradores, filantropos e mártires são despedidos sem recompensa.
Para resumir, podemos dizer simplesmente que, à vista de Deus, somos julgados, não tanto pelo que fazemos como por nossas razões para fazê-lo. Não o que, mas por que será a pergunta importante quando nós cristãos comparecermos no tribunal para prestarmos contas dos atos praticados enquanto no corpo.

http://www.celebrandodeus.com.br/Data_Site/002TextoSite.asp?ID=3532

Texto: A Oração Toca a Eternidade - Leonard Ravenhill

A Oração Toca a Eternidade
Leonard Ravenhill

 "Temos que orar, senão pereceremos!"
A estatura espiritual de um crente é determinada pelas suas orações. O pastor ou crente que não ora está-se desviando. O púlpito pode ser uma vitrine onde o pregador exibe seus talentos. Mas no aposento da oração não temos como dar um jeito de aparecer.
Embora a igreja seja pobre sob muitos aspectos, é mais pobre ainda na questão da oração. Contamos com muitas pessoas que sabem organizar, mas poucas dispostas a agonizar; muitas que contribuem, mas poucas que oram; muitos pastores, mas pouco fervor; muitos temores, mas poucas lágrimas; muitas que interferem, mas poucas que intercedem; muitas que escrevem, poucas que combatem. Se fracassarmos na oração, fracassaremos em todas as frentes de batalha.
Os dois requisitos para se ter uma vida cristã vitoriosa são visão e fervor. Ambos nascem da oração e dela se nutrem. O ministério da pregação é de poucos; o da oração — a mais importante de todas as atividades humanas — está aberta a todos. Porém, as “criancinhas” espirituais comentam sem o menor constrangimento: “Hoje, não vou à igreja. É dia de reunião de oração”.
É bem possível que Satanás não tema grande parte das pregações de hoje. Mas a experiência do passado leva-o a arregimentar todo o seu exército infernal para lutar contra o crente que ora. Os crentes de hoje não têm muito conhecimento da prática espiritual de “ligar e desligar”, embora essa responsabilidade nos tenha sido delegada por Deus: “O que (tu) ligares na terra..”. Você tem feito isso? Deus não desperdiça seu poder. Se quisermos ser poderosos na obra dele, temos que ser poderosos com ele.
O mundo está marchando para o inferno a um ritmo tão rápido que, se comparado aos modernos aviões supersônicos, estes pareceriam tartarugas. E, no entanto, para vergonha nossa, nem recordamos quando foi a última vez que passamos uma noite toda em oração a Deus, suplicando-lhe que derrame sobre nós um avivamento que abale o mundo. Não temos compaixão pelas almas. Estamos pensando que os andaimes são o prédio. As pregações de hoje, com sua falha interpretação das verdades bíblicas, nos levam a confundir agitação com unção, e comoção com avivamento.
O segredo da oração é orar em secreto. Quem se entrega ao pecado pára de orar. Mas aquele que ora pára de pecar. O fato é que somos pobres, mas não humildes de espírito.
A oração é profundamente simples, e ao mesmo tempo profunda. “É uma forma de expressão tão simples que até uma criancinha pode exercitá-la”. Mas é igualmente tão sublime que ultrapassa os recursos da linguagem humana, e esgota seu vocabulário. Lançar diante de Deus uma torrente de palavras não irá necessariamente impressioná-lo ou comovê-lo. Uma das mais significativas orações do Velho Testamento foi feita por uma pessoa que não pronunciou palavras: “Seus lábios se moviam, porém não se lhe ouvia voz nenhuma”. (1Sm 1.13). De fato ela não tinha grandes dons de oratória. Sem dúvida existem “gemidos inexprimíveis”.
Será que nos encontramos num padrão tão inferior ao dos cristãos neotestamentários que não possuímos mais a fé dos nossos antepassados (com todas as suas realizações e implicações), mas somente a fé emocional de nossos contemporâneos? A oração é para o crente o que o capital é para um homem de negócios. Não se pode negar que a maior preocupação da igreja hoje são as finanças. E, no entanto, esse problema que tanto inquieta as igrejas modernas era o que menos perturbava a do Novo Testamento. Hoje damos mais ênfase à contribuição; eles a davam à oração.
Em nossos dias são muito poucos os que estão dispostos a assumir a responsabilidade de orar inspirados pelo Espírito, e para esse tipo de oração não há substitutos. Temos que orar, senão pereceremos!

Fonte: Livro Por que tarda o pleno avivamento? – Editora Betânia

Extraido do blog Pérolas do Evangelho

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Filme: Dwight L. Moody + sua biografia


D.L. Moody 


OU  também no link: http://youtu.be/xagWzbsnZh8


Dwight L. Moody [1985 - dublado] 

Depois do começo da Guerra Civil, se uniu à Comissão Cristã Americana (YMCA -- A ACM do Brasil). Em Chicago, Moody trabalhou para começar uma escola dominical para crianças nas zonas mais pobres da cidade. Logo teve mais de 1000 crianças além de seus pais freqüentando semanalmente. Em 1862, o presidente americano Abraham Lincoln visitou a escola. A congregação cada vez maior necessitava de um lugar permanente, assim Moody começou uma igreja em Chicago, a Illinois Street Church. Quando a igreja se queimou no Grande Incêndio de Chicago, foi reconstruída após três meses em uma localidade próxima, sob o nome de Chicago Avenue Church.
Em uma viagem à Inglaterra, Moody se fez mais conhecido como evangelista, a ponto de haver sido chamado de maior evangelista do século XIX. Sua pregação teve um impacto tão grande como as de George Whitefield e John Wesley dentro da Grã-Bretanha, Escócia e Irlanda. Foi contemporâneo do pregador Charles Haddon Spurgeon, chegando a pregar, nessa ocasião de sua viagem, no Tabernáculo Metropolitano de Londres, em 1873. Em várias ocasiões encheu estádios com capacidade entre 2 mil e 4 mil pessoas. Em uma reunião no Botanic Gardens Palace se juntaram entre 15.000 e 30.000 seguidores. Este séqüito continuou em 1874 e 1875, com as multidões em todas as reuniões. Quando voltou aos Estados Unidos, as multidões de 12.000 a 20.000 eram tão comuns como na Inglaterra. Suas reuniões evangélicas se celebraram de Boston a Nova York, passando por Nova Inglaterra e outros povos da costa oeste, como Vancouver e San Diego. 
Entre 1884 e 1891, Moody mostrou-se ativo em campanhas evangelísticas nos EUA e no Canadá. Estabeleceu o Instituto Bíblico de Chicago que mais tarde mudou de nome para Instituto Bíblico Moody que tem servido de grande força aos evangélicos e tem preparado pregadores, missionários e líderes que têm trabalhado em todos os continentes do mundo. Sua pregação era caracterizada por aqueles que o ouviam, como direta, sincera, franca, sem enfeites, não-gramatical, sempre simples mas enormemente sincera e convincente. Moody era homem simples e honesto no tocante ao dinheiro, como em tudo o mais. Não aceitava lucros e todos os proventos das vendas do hinário de sua autoria e de Ira D. Sankey eram administrados por uma junta de encarregados, e eram destinados ao sustento das escolas de Northfield. Aproximando sua morte, ele era relativamente pobre. Ele declarou: "minha esposa e meus filhos simplesmente terão que confiar no mesmo Deus em que tenho confiado". Encontra-se sepultado no Northfield School Campus Grounds, Northfield, Condado de Franklin, Massachusetts nos Estados Unidos.Em seu último sermão em 16 de novembro de 1899. R.A. Torrey foi o sucessor de Moody como presidente do Moody Bible Institute. Dez anos depois de sua morte, a Chicago Avenue Church foi renomeada como Igreja Moody em sua homenagem. [By: Youtube]

Frases: 

Tenho mais dificuldade com D. L. Moody do que com qualquer outro homem com quem já me encontrei.

Nada fecha tanto os lábios como a vida.

Há maior número de pessoas dispostas a se afastar do pecador do que dispostas a se afastarem do pecado.

Os ímpios florescem para se tornarem combustível. Os justos florescem para dar frutos. Quem não se torna em árvore que produz fruto, tornar-se-á em galho para a fornalha.

Não há no mundo melhor evangelista do que o Espírito Santo.

Acredito que o diabo existe por duas razões: primeiro, a Bíblia diz que sim; segundo, já negociei com ele.

Acredito que a família foi estabelecida muito antes da igreja, e o meu dever é primeiro com minha família. Não devo negligenciar minha família.

Quando um homem não tem nenhuma força, se ele se inclinar diante de Deus, ficará poderoso.

Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem.

Ou este livro me afasta do pecado ou o pecado me afastará deste livro.

De cem homens, um lerá a Bíblia; 99 lerão o cristão.

Se Cristo estiver em sua casa, os vizinhos logo perceberão.

Deus tem muitos filhos bons que simplesmente obtiveram a salvação, mas não possuem nenhum poder para o serviço.

A esperança é semelhante ao Sol, que lança as sombras para trás de nós, à proporção que marchamos ao seu encontro.

Arrependimento é a lágrima nos olhos da fé.

Suponhamos que alguém me oferecesse mil dólares por cada pessoa que eu levasse a Cristo. Será que com isso a minha vontade de ganhar almas para Jesus seria maior do que a que tenho no momento? Se assim o for, quão mesquinha e medíocre tem sido a minha fé em Deus.

  É para isso que Deus nos deu a Lei: para mostrar quem realmente somos.

 A Bíblia não nos foi dada para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossas vidas.

 As tentações parecem-se com vagabundos. Trate-as amavelmente, e elas retornarão trazendo outras com elas. 



Vale a pena ler a sua biografia neste link:
http://pt.slideshare.net/batore06/a-biografia-do-evangelista-moody



  • Dwight Lyman Moody INFLUENTE EVANGELISTA DO SÉC. XIXD. L. Moody nasceu aos 05 de fevereiro de 1837 e faleceu aos 22 de dezembro de 1899. INFÂNCIA E CONVERSÃO Dwight Lyman Moody é conhecido como um dos mais influentes evangelistas do século XIX, fundador do Instituto Bíblico Moody e da Moody Press.Quando seu pai faleceu, aos 41 anos, Moody tinha somente quatro anos. Jovem, mudou-se para Boston, indo trabalhar com seu tio e muma sapataria. Uma das exigências de seu tio era que Moody freqüentasse uma igreja. Fez isso, mas sem uma decisão real para Jesus.No dia 21 de abril de 1855, Kimball, seu professor de Escola Dominical, achou que era hora de pedir que Moody assumisse um compromisso real com Cristo. Ele foi até a loja onde trabalhava,
  • encontrou Moody empacotando sapatos e colocando-os nas prateleiras. O jovem já estava pronto para ouvir. Naquele dia, Moody tornou-se cristão.A partir dessa decisão, Moody começa sua carreira como evangelista.Sua escola dominical, em Chicago, chegou a ser a maior da época,alcançando a média de 650 pessoas, tendo cerca de 60 professores. A escola chegou a ser tão conhecida que o recém-eleito presidente Lincoln visitou e falou em uma reunião da escola em 25 de novembrode 1860. EVANGELISTA Preocupado com a evangelização de crianças, estabeleceu escola dominical para crianças nas zonas mais pobres da cidade. Em pouco tempo havia mais de mil crianças, além de seus pais, freqüentando semanalmente. O trabalho cresceu, transformando-se numa Igreja.Foi após sua viagem à Inglaterra que Moody se tornou mais conhecido como evangelista. Nesse país, suas reuniões pareciam verdadeira tempestade. Sua pregação teve um impacto tão grande como as de George Whitefield e John Wesley. Em varias ocasiões encheu estádios com capacidade entre 2 a 4 mil pessoas. Em uma reunião no Botanic Gardens Palace se juntaram entre 15.000 e 30.000 ouvintes e sempre aumentando nas reuniões seguintes.O mundo vivia o começo da industrialização, com todos os seus problemas. Moody contextualizou sua mensagem e trouxe o evangelismo para seus dias. Pregava um evangelho simples. Ele insistia em que os homens colocassem suas riquezas em boas causas,como cuidar dos pobres em áreas urbanas. Aplicou técnicas de negócio no planejamento evangelístico. Música, aconselhamento e acompanhamento faziam parte de uma abordagem organizada para atingir o coração das pessoas.
  • IMPACTO Quando retornou aos Estados Unidos, era comum pregar para 12.000 a 20.000 pessoas, nas mais diferentes cidades. Seu último sermão fora pregado em 16 de novembro de 1899.Não queria competir com os seminários tradicionais, mas o isolamento dessas escolas com relação às pessoas comuns o perturbava. Por isso,em 1879, Moody fundou escolas que viriam a ser, mais tarde, o Instituto Moody. Seu objetivo era treinar comunicadores que pudessem levar a verdade simples de Deus às massas que precisavam dela. Sua preocupação com o social inspirou profundo compromisso ministerial.R.A. Torrey foi o sucessor de Moody como presidente do Moody Bible Institute. E a Igreja que fundara passou a chamar-se Igreja Moody em sua homenagem. 
  • Fonte da Biografia: http://www.iprb.org.br/biografias/vultoscristianismo/Moody.htm 
  • Frases Selecionadas de D. L. Moody (1837-1899):                                                            
  • “Suponhamos que alguém me oferecesse mil dólares por cada pessoa que eu levasse a Cristo. Será que com isso a minha vontade de ganhar almas para Jesus seria maior do que a que tenho no momento? Se assim o for, quão mesquinha e medíocre tem sido a minha fé em Deus.”                 "Apresente sua petição perante Deus, e então diga, Seja feita a Tua vontade, não a minha. A mais carinhosa lição que eu aprendi na escola de Deus é deixar que o Senhor escolha por mim."             "Um homem pode falsificar o amor, pode falsificar a fé, pode falsificar a esperança e todas as outras virtudes, mas é muito difícil falsificar a humildade.                                                                                  ”O caráter é o que você é na escuridão.                                                                                                “A tendência do Mundo é para baixo; o Caminho de Deus é para cima.”                                                     “A obediência quer dizer marchar em frente quer sintamos quer deixarmos de sentir alguma coisa. Muitas vezes andamos contra as nossas sensações. Fé é uma coisa; sensação é outra.”                    “O cristão de joelhos vê mais do que um filósofo nas pontas dos pés.”                                                  “Deus não despede ninguém vazio exceto aqueles que são cheios de si mesmos.”                       “Pequenos números não fazem nenhuma diferença para Deus.Não há nada pequeno se Deus estiver nele.”                                                                                                                                               “Tenho mais preocupações com D. L. Moody do que com qualquer outro homem que alguma vez me encontrei.”                                                                                                                                         “Deus não tem nada para dizer a justos aos seus próprios olhos.”
  • “Quando um homem não tem nenhuma força, se ele se inclinar diante de Deus, ficará poderoso.”  “As tentações parecem-se com vagabundos. Trate-as amavelmente, e elas retornarão trazendo outras com elas.”                                                                                                                                              “As tentações nunca são tão perigosas a não ser quando elas nos vêm sob um traje religioso.”          “Se eu caminhar com o Mundo, eu não posso andar com o Deus.”                                               “Podemos suportar melhor a aflição do que a prosperidade, já que na prosperidade nos esquecemos de Deus.”                                                                                                                                         “Tenha coragem. Andamos no deserto hoje, e na Terra Prometida amanhã.”                                   “Orei por fé e pensei que qualquer dia a fé baixaria e me atingiria como o relâmpago. Mas a fé não pareceu vir. Um dia liem Romanos 10, „A Fé vem pelo ouvir, e ouvir pela Palavra do Deus.‟ Então abri minha Bíblia e comecei a estudar, e a fé vem crescendo desde então.”                                              “Buscar o perpetuar do nome de alguém na Terra é como escrever na areia da praia; para ser perpétuo ele deve ser escrito em costas eternas.”                                                                       “Acredito que a família foi estabelecida muito antes da igreja, e o meu dever é primeiro com minha família. Não devo negligenciar minha família.”
  • “Você vai encontrar centenas de censuradores entre cristãos professos; mas toda a crítica deles não conduzirá uma única alma a Deus. Sinto que Jesus Cristo deveria ter um representante muito melhor do que sou. Mas já vivi por muito tempo, o bastante para descobrir que não há nada perfeito neste Mundo. Se você for esperar até que encontre um pregador perfeito ou que melhore as reuniões, temo que vai precisar de um milênio.”                                                                                                     “A lei pode me dizer quão torto eu sou. Mas quando a graça vem, endireita-me.”                              “Uma vida consagrada produzirá uma impressão mais profunda. Os faróis não carregam nenhuma buzina; eles apenas brilham."                                                                                                                  “A Bíblia não nos foi dada para aumentar nosso conhecimento,mas para mudar nossa vida.”                   "De cem homens, um lerá a Bíblia; noventa e nove lerão o cristão."                                                     D. L. Moody: Referindo-se à Bíblia: "Ou esse Livro me afastado pecado ou o pecado me afastará desse Livro."                                                                                                                                        "Nunca fazia longas orações, nem passava longo tempo sem orar."                                                     “Se eu cuidar do meu caráter minha reputação cuidará de si.”
  • “Se queres ficar incomodado, olha para dentro; se queres andar perplexo, olha em torno; se queres ter paz, olha para cima.”                                                                                                                          “Jamais vi o Espírito de Deus atuar onde o povo do Senhor está dividido.”                                             “Quem não se torna em árvore que produz fruto, tornar-se-á em galho para a fornalha.”                       “Se Cristo estiver em sua casa, os vizinhos logo perceberão.”                                                                “A esperança é semelhante ao Sol, que lança as sombras para trás de nós, à proporção em que marchamos ao seu encontro.”                                                                                              “Arrependimento é a lágrima nos olhos da fé.”                                                                                        “É para isso que Deus nos deu a Lei: para nos mostrar quem realmente somos.”                                     “Os rudes entalhes da repreensão têm o único objetivo de colocar-nos no prumo, para que sejamos utilizados no Edifício Celestial.”                                                                                                             "Ore como se tudo dependesse de Deus. Trabalhe como se tudo dependesse de você". 
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“A esperança é semelhante ao Sol, que lança as sombras para trás de nós, à proporção que marchamos ao seu encontro.” (Dwight L. Moody)

“A pregação de que este mundo mais precisa são os sermões em sapatos que estão andando com Jesus Cristo.” (Dwight L. Moody)

“Alguém não envolvido com evangelismo é como um bombeiro que corre para um prédio em chamas apenas para ajeitar o quadro na parede.” (Dwight L. Moody)

“Ancore-se no trono de Deus, e depois encurte a corda!” (Dwight L. Moody)

“Arrependimento é a lágrima nos olhos da fé.” (Dwight L. Moody)

“As escrituras foram dadas não para aumentar nosso conhecimento, mas para mudar nossas vidas.” (Dwight L. Moody)

“As tentações parecem-se com vagabundos. Trate-as amavelmente, e elas retornarão trazendo outras com elas.” (Dwight L. Moody)

“Creio que a Bíblia é inspirada porque ela me inspira.” (Dwight L. Moody)

“De cada cem homens, um lerá a Bíblia, os outros noventa e nove lerão o cristão.” (Dwight L. Moody)

“Deus lança seus pecados confessados na profundeza dos mares (Mq 7:19) e coloca ali uma placa: ‘Proibido Pescar’.” (Dwight L. Moody)

“Deus não despede ninguém vazio, exceto aqueles que estão cheios de si mesmos.” (Dwight L. Moody)

“Deus não tem nada para dizer a justos aos seus próprios olhos.” (Dwight L. Moody)

“É para isso que Deus nos deu a Lei: para mostrar quem realmente somos.” (Dwight L. Moody)

“Ganhar almas para Cristo é o meu negócio.” (Dwight L. Moody)

“Há maior número de pessoas dispostas a se afastar do pecador do que dispostas a se afastarem do pecado.” (Dwight L. Moody)

“Jamais vi o Espírito de Deus atuar onde o povo do Senhor está dividido.” (Dwight L. Moody)

“Nosso grande problema é o trafico de verdades não vividas. Tentamos comunicar o que nunca experimentamos em nossa vida.” (Dwight L. Moody)

“Nunca vi um cristão útil que não seja estudante da Bíblia.” (Dwight L. Moody)

“O caráter é o que você é na escuridão.” (Dwight L. Moody)

“O cristão de joelhos vê mais do que um filósofo nas pontas dos pés.” (Dwight L. Moody)

“O cristão é a Bíblia do mundo; mas em alguns casos uma revisão se torna necessária.” (Dwight L. Moody)

“Os homens que movem o mundo são os que não se deixam mover pelo mundo.” (Dwight L. Moody)

“Os ímpios florescem para se tornarem combustível. Os justos florescem para dar frutos.” (Dwight L. Moody)

“Os rudes entalhes da repreensão têm o único objetivo de colocar-nos no prumo, para que sejamos utilizados no edifício celestial.” (Dwight L. Moody)

“Ou este livro me afasta do pecado ou o pecado me afastará deste livro.” (Dwight L. Moody)

“Pequenos números não fazem nenhuma diferença para Deus. Não há nada pequeno se Deus estiver nele.” (Dwight L. Moody)

“Podemos suportar melhor a aflição do que prosperidade, já que na prosperidade nos esquecemos de Deus.” (Dwight L. Moody)

“Quando alguém dá uma boa olhada no espelho de Deus, não encontrará ali faltas dos outros; tem coisas demais a ver em si mesmo.” (Dwight L. Moody)

“Quando um homem não tem nenhuma força, se ele se inclinar diante de Deus, ficará poderoso.” (Dwight L. Moody)

“Quem não se torna em árvore que produz fruto, tornar-se-á em galho para a fornalha.” (Dwight L. Moody)

“Se Cristo estiver em sua casa, os vizinhos logo perceberão.” (Dwight L. Moody)

“Se eu caminhar com o mundo, eu não posso andar com Deus.” (Dwight L. Moody)

“Se eu cuidar do meu caráter, minha reputação vai cuidar de si mesma.” (Dwight L. Moody)

“Se nossas circunstâncias nos encontrarem em Deus, encontraremos Deus em todas as nossas circunstâncias.” (Dwight L. Moody)

“Tenha coragem. Andamos no deserto hoje, e na Terra Prometida amanhã.” (Dwight L. Moody)

“Um lugar em pé diante do trono, no Céu, é a consequência de estar sempre de joelhos, diante do trono, na terra.” (Dwight L. Moody)


“Uma vida, apenas, logo passará. Apenas o que for feito para Cristo permanecerá.” (Dwight L. Moody)









Texto: Biografia Sadhu Sundar Singh – O Apóstolo dos pés sangrentos

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Sundar Sing era filho de pessoa rica e proeminente da Índia, onde imperava e ainda impera uma discriminação e racismo brutais, estando o país dividido em castas que praticamente não se comunicam entre si. Conheceu Jesus através da leitura de um Novo Testamento. Essa guinada em sua vida custou-lhe o ódio e a discriminação por parte de todos – inclusive da família, levando-o a viver nos campos e matas, em extrema penúria e também, muitas vezes, em grandes cidades do mundo fazendo conferências.
Sua alegria interior compensava tudo que tinha perdido. Ele próprio dizia que queria viver, tanto quanto possível, uma vida semelhante à de Jesus.
O milagre era uma constante em sua vida. Imagine alguém que não tem onde dormir, nem o que comer ou vestir, andando por selvas, montes, desertos, montanhas geladas e que pudesse sobreviver se não fosse pelo milagre. Imagine, também, as perseguições, prisões, espancamentos de alguém que, qual Daniel, não contasse com um Deus para livrá-lo.
Pois bem, assim era a vida do Sadhu (termo indiano que significa santo ou separado) Sundar Sing: entre visões da glória, transportes, meditações profundas, estados de êxtase.
Certa feita, foi atirado pelos seus algozes dentro de um poço cheio de pessoas condenadas – mortas ou moribundas. Um poço de onde ninguém sairia. A despedida da vida. Quando chegou ao fundo, sentiu o contato morno de algo que nada mais era do que carne humana fétida, em decomposição. Logo em seguida fecharam a chave a boca do poço.
“Não sabia que três dias se tinham passado. Inerte, sentado entre os ossos e os cadáveres, aguardava a morte, quando a boca do poço se abriu. Um vulto irreconhecível surgiu, negro contra o céu da noite. A voz, ampliada, era como o trovão. Ordenava-lhe que agarrasse a corda. E pouco depois, tateando fracamente, encontrou-a. Tinha um nó na extremidade. Firmou ali o pé e segurou-a como pôde. Sentiu que era erguido. Seu corpo oscilou pesadamente de uma parede à outra, até que atingiu a superfície. Fortes mãos o agarraram e o colocaram em terra. O ar fresco invadiu-lhe os pulmões como a água da represa invade o vale, os diques. Tossindo, atordoado, ouviu como em sonhos o ranger da tampa, o som da chave na fechadura. Olhou em torno para conhecer o seu amigo desconhecido, mas viu que estava só na escuridão noturna. Caiu de joelhos e deu graças a Deus. Quem o visse dormindo entre o bulício da faina diária que começava não imaginaria que era o mesmo que estivera no fundo do poço por três dias”.
No final de sua vida tentou várias vezes a travessia do Himalaia, rumo ao Tibete, onde pretendia pregar o evangelho. Da última vez, na primavera, não se conteve. Pretendia atingir o seu destino pela 'Estrada do Peregrino'. Contra tudo e contra todos, foi e desapareceu — por mais que o procurassem, sumiu sem deixar vestígio algum.
O importante é salientar o papel que Jesus representa e pode representar nas vidas daqueles que buscam algo surpreendente, superior e eterno e que não têm medo de confiar n’Aquele que é poderoso para resolver.
Fonte: http://predmilson-estudos.blogspot.com.br/2009/06/sadhu-sundar-singh-o-apostolo-dos-pes.html
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Sundar Singh foi um homem muito útil ao Senhor. Conheceu a Cristo ainda muito jovem e passou a ser tomado por um desejo profundo de se parecer com o seu Salvador. As montanhas da Índia, China, Nepal e Tibete são testemunhas das muitas viagens deste homem de Deus. Situações em que sempre esteve em perigo, seja ameaçado pelo frio, fome, animais selvagens, trilhas difícieis, seja sob ameaça de grandes forças do inferno e de extremistas hinduístas, budistas e mulçumanos.
Andando, literalmente, este fiel ministro da Palavra foi usado pelo Senhor Jesus para levar a Verdade (Jesus) a diversos povos estabelecidos em lugares de difícil acesso geográfico e de escravidão religiosa. Singh foi, sem dúvida, instrumento do Espírito Santo para proclamação do Reino de Deus como testemunho a esses povos.
Através da história deste homem podemos nos deliciar ao contemplar o alcance da graça do Senhor, que o levantou como ministro do Evangelho, cujo ministério foi forjado no meio do serviço e das batalhas que o acompanhavam. Ele não teve um minuto sequer para a teologia organizada e foi usado poderosamente por Deus por meio da ação do poder do Espírito Santo. Sentiu um peso enorme de responsabilidade pela obra de Deus na vida dos povos que ele se comprometeu a anunciar as boas novas, pelo que renunciou qualquer conforto material. É algo tão diferente de tanta doutrina materialista e comprometida com o bem estar do homem aqui na terra, tão anunciada por homens que abandonaram a mensagem da cruz e passaram a anunciar algo alternativo, mesclado com algumas verdades, mas inteiramente falso.
Nascido em 03 de setembro de 1889, Sundar Singh era o filho caçula de uma família sik, uma das religiões que tiveram origem na Índia, caracterizada por serem seus adeptos aversos às drogas, inclusive o tabaco, cultivando um cuidado peculiar com a higiene pessoal e um respeito devocional aos chamados “livros sagrados”. A aldeia na qual ele nasceu, Rampum, era um dos principais redutos siks, e seu pai, Sher Singh era governador da mesma.
Desde criança, Sundar Singh demonstrava um interesse incomum a sua tenra idade, pela introspecção e conhecimento dos livros sagrados sinkistas, com incentivo pleno de sua mãe, uma religiosa praticante que sonhava ver seu filho se tornar um “sadu” (espécie de sacerdote sik). Segundo o próprio Sundar, sua mãe teve uma participação marcante na sua trajetória até Cristo, pois ela alimentou seu desejo por uma vida piedosa.
Aos 14 anos, Sundar perdeu a mãe. Foi uma experiência muito dolorosa para ele. Mas, nessa fase ele se encontrava cada vez mais perto de conhecer a Cristo, embora ainda fosse lutar muito até decidir entregar sua vida a Ele. Isso seria uma vergonha para sua família sik. Por isso Sundar resistiu bastante até, finalmente, render-se ao Jesus a quem amou até o fim de sua vida.
Deus o estava cercando. Após a morte de sua mãe, Sundar entrou numa fase de profunda introspecção e luta interior, pois os rituais siks que cumpria diariamente e as horas de leitura nos livros sagrados não serviam para satisfazer sua profunda fome espiritual. Diante do quadro depressivo do filho, seu pai resolveu matriculá-lo em uma escola, a fim de ocupar sua mente, na esperança de vê-lo recuperar a alegria. E assim fez. Toda a escola era dirigida por uma missão norte-americana e lá Sundar teve contato com o livro mais precioso: A Bíblia.
De Inicio ele rejeitou tudo: a escola, os professores, os colegas e a Bíblia. Sendo que da Bíblia ele nutria um ódio intenso. Mas não podia deixar de ler, pois era o livro texto da escola. Quando começou a ler a Bíblia, passou a se interessar por ela. No início chamou a atenção o “tal” Jesus, de quem o livro falava. Sua atração pela Bíblia foi crescendo, levando-o a uma leitura diária, até que um amigo o advertiu com relação ao “feitiço” da Bíblia, pois, argumentou: – “muitos que começam a conhecer este livro acabam se tornando cristãos”.
Tomado pelo pavor de ser “enfeitiçado” pelo livro, se desfez da Bíblia, saiu da escola, e por algum tempo, passou a perseguir os cristãos de sua cidade. Queimou sua Bíblia e outras mais. Mas, em tudo, sua agonia só fez crescer. Decidiu, no meio de seu desespero, testar um texto que tinha lido na Bíblia. Seu conflito interior era tão gigante que desafiou Deus a lhe revelar a verdade ou então cometeria suicídio. Após algumas horas esperando a resposta do Deus que até então ele não cria ser real, o próprio Senhor Jesus veio ao quarto de Sundar e a presença gloriosa que sentia e via trouxe a certeza que jamais o abandonaria. Decidiu ali entregar sua vida a Cristo e servi-lo fielmente. Mas, como acontece com todos aqueles que querem seguir fielmente a Cristo, enfrentou diversas e duras oposições. Sua família o rejeitou e tentou até matá-lo por envenenamento. O Senhor o livrou da morte por diversas ocasiões.
Após sua conversão de pronto atendeu o chamamento do Senhor: iria pregar o evangelho de Jesus por toda a região do Tibet e vizinhanças como um Sadhu, ou seja, alguém que não tem nada nesta terra a não ser sua fé. Foi assim que percorreu regiões de difícil acesso, descalço por caminhos montanhosos e de frio hostil. Comia o pão de cada dia à medida que o Senhor supria. Sua vida estava inteiramente nas mãos do Mestre. Passou a se relacionar tão profundamente com o Senhor que foi a cada dia tornando-se mais parecido com Jesus. ‘Quando, numa sala, alguém o tratava com consideração que dispensava a seres excepcionais, ele se retirava aborrecido. Disse certa vez que não podia tolerar tais néscios’. Ao orar por uma criança à beira da morte, e o Senhor ter operado um milagre, ficou chocado ao ver as pessoas pensarem que ele era um milagreiro, levando-o a afirmar publicamente que não faria mais aquilo para não atrapalhar a mensagem do evangelho que pregava.
Embora tenha pregado o evangelho em diversos países, seu trabalho foi concentrado em regiões de difícil acesso nas montanhas da Índia, China, Nepal e Tibete. Sua missão era clara: levar a mensagem do evangelho a lugares que nunca tinham ouvido falar de Cristo. Os perigos faziam parte de sua dura rotina diária. Em 13/04/1929 foi visto pela última vez por um missionário europeu, quando decidiu percorrer a “Estrada do Peregrino” no Tibete. É desconhecido seu paradeiro, apenas sabemos que este homem certamente estará na lista daqueles que reinarão com Cristo.
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Sadhu Sundar Singh nasceu em 3 de setembro de 1889, no estado de Punjabe, no povoado de Rampur, em Patiala, na Índia Foi um missionário cristão indiano. Acredita-se que tenha morrido no sopé da cordilheira dos Himalaias em 1929.

Sadhu Sundar Singh foi o filho mais novo de uma família aristocrática sikh (todos os sikhs recebem o nome de Singh). A crença sikh combina o hinduísmo e a religião maometana, por isso a mãe de Sundar carinhosamente ensinou-lhe tanto as escrituras sikh como as hindus e rogava-lhe frequentemente que ele fosse sacerdote. Aos sete anos de idade, Sadhu Sundar Singh sabia de cor a Bhagavad-Gita inteira (o que, na Índia, não é um feito excepcional), e encontrava-se repleto de anelos por “santi”, a paz da alma.

Sadhu Sundar Singh estudava, avidamente, os livros sagrados, meditava neles, praticava ioga e boas obras. Quando ele contava catorze anos de idade, em 1902, a sua mãe e o seu irmão mais velho morreram.

Ao contrário da mãe de Sadhu Sundar Singh, o seu pai achava que ele era religioso demais para a sua idade. Uma vez, o guru, que era o seu mestre brâmane, encontrando-se com o pai dele, disse de Sadhu Sundar Singh : “O seu filho ou vai tornar-se um tolo ou um grande homem.”

Sadhu Sundar Singh buscou a Deus na crença sikh, no hinduísmo, no budismo e na religião maometana. Teve contacto com o Cristianismo durante um ano, quando ele frequentou numa escola local mantida por missionários cristãos presbiterianos norte-americanos. Contudo, quanto mais Sadhu Sundar Singh ouvia do Novo Testamento, mais rancoroso ficava em relação a ele. Abandonou a escola cristã. Quando via missionários cristãos em público, ofendia-os, e mandava os servos do seu pai fazerem o mesmo. Por fim, Sadhu Sundar Singh queimou um exemplar do Novo Testamento em público para expressar a sua indignação.

Houve uma ocasião em que Sadhu Sundar Singh percebeu que a sua fanática oposição ao cristianismo disfarçava uma atracção secreta por ele. O seu pai reprovava tanto o seu acto de queimar um Novo Testamento quanto a sua obsessão pelas religiões indianas, e perguntava-se se o seu filho não estaria perdendo a sanidade mental. De facto, em 17 de dezembro de 1904, com apenas 15 anos de idade, Sadhu Sundar Singh despediu-se do seu pai, anunciando-lhe que se suicidaria antes do pequeno almoço. Ele, efectivamente, planeava deitar-se sob a linha do comboio que passava perto de sua casa e deixar que o comboio expresso das 5 da manhã passasse por cima dele, para assim poder se encontrar com Deus, no além.

Às 3 da manhã do dia seguinte, 18 de dezembro de 1904, Sadhu Sundar Singh levantou-se e tomou um banho frio, conforme o costume hindu. Então, ele suplicou repetidamente a “Deus” que Se revelasse a ele, antes que o comboio expresso das 5 da manhã passasse por cima dele. Então, subitamente, um clarão de luz muito intensa brilhou no seu pequeno quarto, o que o levou a olhar em redor para ver se a casa não estaria ardendo. Depois, surgiu uma nuvem luminosa, e nela ele viu, irradiando amor, a face de um Homem. Em perfeito hindustani, a língua nativa de Sadhu Sundar Singh, o Homem disse lhe: “Por que me persegues? Lembra-te de que dei a Minha vida por ti na Cruz.”

E, por essa altura, Sadhu Sundar Singh escreveu: “Enquanto eu orava e continuava olhando a luz que havia aparecido no meu quarto, vi o vulto do Senhor Jesus Cristo. Era uma aparição gloriosa, plena de amor. Se fosse alguma encarnação hindu, eu ter-me-ia prostrado diante dela. Senti que essa visão não podia ser fruto da minha imaginação. Veio-me à mente uma ideia: “Jesus Cristo não está morto, mas vive, e Este é Ele mesmo! Caí aos Seus pés e senti essa paz maravilhosa que não havia encontrado em nenhum outro lugar. Era essa a paz que eu buscava. Aquilo era o próprio Céu. Quando me levantei, a visão tinha desaparecido, mas a paz e a alegria permaneceram comigo, para sempre. Era o dia 18 de dezembro de 1904!”

Mais tarde, Sadhu Sundar Singh viria a escrever: “O que vi não foi imaginação minha. Até àquele momento eu odiava Jesus Cristo e nunca O cultuara. Se eu estivesse falando de Buda, seria possível que fosse imaginação, pois eu estava habituado a cultuá-lo. Mas não foi um sonho. Quando temos acabado de tomar um banho frio, não se sonha! Na verdade, era o Cristo Vivo!”

Sadhu Sundar Singh prostrou-se diante de Jesus e adorou-O. A sua alma foi finalmente invadida por paz e júbilo. Ao pequeno almoço, ele disse a seu pai, que por sua vez estava perplexo: “O velho Sundar Singh morreu; eu agora sou uma nova criatura!”

Obviamente a sua conversão assemelhava-se muito à do apóstolo Paulo, e Sadhu Sundar Singh falava dela a todos que o quisessem ouvir.

Para o seu pai, a conversão cristã de Sundar era ainda menos aceitável do que a sua antiga inimizade para com o cristianismo; ele considerava o seu filho como um louco. A família pressionou-o a abandonar a sua nova fé, e, por fim, expulsou-o de casa. Tendo-se tornado cristão, ele foi rejeitado pelo seu pai e condenado ao ostracismo pela sua família. Diz-se que a última refeição que ele comeu em casa da família estava envenenada. O seu amigo Gardit Singh, que se tornara cristão na mesma época que ele, de facto morreu após comer dessa mesma comida. Com o alvoroço local, a estação missionária teve de ser fechada, e os cristãos do povoado mudaram-se para longe, em busca de segurança.

Sadhu Sundar Singh foi estudar a Bíblia numa estação missionária médica. Era ilegal ser baptizado antes dos 16 anos, por isso, ele foi baptizado como cristão “anglicano” no seu aniversário, em 3 de setembro de 1905. Um dos seus professores aconselhou-o a preparar-se teologicamente, mas ele, em vez disso, sentia-se chamado a pregar o Evangelho.

Em 16 de outubro de 1905, Sadhu Sundar Singh vestindo o manto amarelo açafrão de linho, usado apenas pelos sadhus (O sadhu é um hindu que dedica toda a sua vida à sua religião e abandona todos os prazeres mundanos), Sadhu Sundar Singh, sem aprovisionamentos, munido apenas com o Novo Testamento em urdu, idioma nacional do Paquistão, e um dos 24 idiomas nacionais da Índia, e de um cobertor que ele costumava enrolar à volta da sua cabeça, como um turbante, partiu descalço, perambulando de aldeia em aldeia, mas desta vez, seguindo os passos de Jesus. Não usava dinheiro e nunca pediu nada. Quando ninguém lhe oferecia alimento ou abrigo, passava sem eles. Pelas estradas, por onde caminhou, deixava “estranhos sinais escuros, no labirinto de pegadas impressas no pó. Os pés de Sadhu Sundar Singh sangravam”, e quando lhe perguntavam se as pedras não feriam os seus pés descalços, ele respondia que os seus pés eram tão duros que eles é que feriam as pedras.

Sendo sikh, Sadhu Sundar Singh como qualquer sikh tinha um pouco mais de 1,80m de altura, barba espessa e olhos escuros brilhantes. O seu olhar transmitia uma profunda paz interior, o que atraía as pessoas para ele. Em pé, o seu corpo era bem aprumado. As crianças e animais eram sempre atraídos por ele. Amava brincar com crianças e tinha um bom senso de humor. Quando falava de Jesus, o seu semblante inteiro iluminava-se, irradiando júbilo. Depois da visão que teve de Jesus, neste dia, 18 de dezembro de 1904, apenas um interesse e paixão ardiam no seu coração: servir Jesus.

Assim, Sadhu Sundar Singh perambulou pela Índia, Afeganistão e Caxemira, pregando o Evangelho de Cristo. Uniu-se a Samuel Stokes, um missionário norte-americano que deixara para trás a sua família abastada, para tentar viver na Índia, como São Francisco de Assis. Juntos, os dois amigos trabalharam numa colónia para leprosos e depois no Hospital de Doenças Contagiosas, em Lahore.

Em 1909, seguindo o conselho de amigos, Sadhu Sundar Singh tornou-se estudante de teologia na Faculdade Saint John”s Divinity, em Lahore. Permaneceu cristão anglicano por toda a sua vida e pregava frequentemente em igrejas anglicanas, mas, como pregador, recusava-se a ser vinculado a uma denominação. Para ele, todos os cristãos eram um. Ele cria que devia dar às pessoas a água viva de Deus (o Evangelho da Salvação do Senhor Jesus Cristo) na taça da sua própria cultura, não numa taça estrangeira. Sentindo um chamada especial para pregar nas terras perigosas e inacessíveis do Tibete, partiu sem demora para lá, fazendo a pé, muitas viagens quase impraticáveis para lá.

Em 1912 a fama de Sadhu Sundar Singh começou a espalhar-se pela Índia, e em 1916 foi publicado o primeiro, de vários livros, sobre ele. Onde quer que ele fosse na Índia, formavam-se multidões de cristãos e de não cristãos para o ver e ouvir. Em 1918 pregou também no Ceilão, em Burma, em Singapura, no Japão e na China. Em Penang, Malásia, Sadhu Sundar Singh foi convidado a pregar o Evangelho de Jesus num templo sikh. Em 1919 o seu pai recebeu-o afectuosamente e disse-lhe que estava disposto também a tornar-se cristão.

Sadhu Sundar Singh ouviu uma ordem de Deus para pregar na Inglaterra e o seu pai ofereceu-se para lhe pagar a viagem. Em fevereiro de 1920 ele chegou a Inglaterra e ficou, de início, numa comunidade de quacres. Depois foi hospedado na paróquia de Cowley, em Oxford, e pregou em várias faculdades e na Saint John’s Church.

De Oxford, Sadhu Sundar Singh foi para Londres, onde pregou para grandes multidões em várias das igrejas principais, inclusive na Baptist Metropolitan Tabernacle. Na Church House, em Westminster, ele pregou para setecentos clérigos anglicanos, para vários bispos e até para o Arcebispo de Canterbury. Ele anunciou também o Evangelho de Jesus Cristo no Trinity College, em Crambridge, e seguiu para Paris, onde também pregou o Evangelho. Depois foi para a Irlanda e Escócia, onde também pregou nas principais igrejas presbiterianas de Glasgow e Edimburgo.

Sadhu Sundar Singh não deixou que a popularidade internacional lhe subisse à cabeça. Ele dizia que o jumento sobre o qual Jesus entrou em Jerusalém teria sido muito tolo se pensasse que as flores e os ramos de palmeira que cobriam a estrada estavam lá em sua honra. Do mesmo modo, aqueles que levam Cristo às pessoas hoje seriam tolos se quisessem ter algum mérito pela boa recepção da mensagem.

Em maio Sadhu Sundar Singh cruzou o Atlântico e passou três meses pregando em Nova Iorque e São Francisco, e em muitas outras cidades dos Estados Unidos. Depois, foi e passou a pregar em Honolulu, e, em seguida, em vários lugares na Austrália. Ao contrário de outros oradores itinerantes da Índia daqueles dias, Sadhu Sundar Singh não buscava explicar e exaltar a sabedoria indiana; ele pregava unicamente o Evangelho de Jesus. Em conclusão, no final de setembro ele voltou para a Índia, entristecido com o materialismo ganancioso que vira no Ocidente. Observou que no Oriente muitas pessoas cultuavam ídolos, mas, no Ocidente as pessoas cultuam-se a si mesmas.

Em 1921 Sadhu Sundar Singh voltou a pregar no Tibete. Depois, no início de 1922, realizou um antigo sonho: viajou pela Palestina, refazendo os passos de Jesus. De lá foi pregar no Egipto, na França e na Suíça, onde pregou no auditório que é usado pela Liga das Nações. Na Alemanha, pregou na própria igreja de Martinho Lutero, em Wittenberg. Depois pregou na Suécia, na Noruega, na Dinamarca e na Holanda. De volta à Inglaterra, chegou muito cansado e pregou apenas na conferência de Keswick, em Gales. Naquele ano, recusou convites insistentes para pregar na Finlândia, na Rússia, na Grécia, na Roménia, na Sérvia, na Itália, em Portugal, nos Estados Unidos e na Nova Zelândia.

Apesar da fama e da bajulação que lhe eram dirigidas, Sadhu Sundar Singh permaneceu modesto e humilde. Dizia que não tinha vindo pregar, pois o mundo estava cheio de sermões, mas testemunhar do poder salvador de Jesus. O seu único interesse era aproximar-se mais e mais de Jesus, tornar-se cada vez mais semelhante a Ele e gastar a sua vida ao serviço dEle. E de facto, em toda parte por onde ele passava as pessoas ficavam impressionadas ao constatarem uma semelhança perceptível entre ele e Jesus.

Certa vez, na Inglaterra, prometeu visitar uma senhora, esposa de um homem ilustre. À hora marcada tocou a campainha da casa onde o esperavam. Atendeu-o uma empregada, que estava de novo neste trabalho. Sadhu Sundar Singh deu o seu nome e ela correu para avisar a sua patroa: “Está lá fora um homem. O nome é uma complicação que não se entende, mas o jeito dele faz pensar que bem pode ser o próprio Jesus!”

O interesse de certas pessoas por Sadhu Sundar Singh tinha a ver principalmente com os milagres e maravilhas na sua vida, mas ele, percebendo isso, passou a evitar falar deles. O que ele mais desejava enfatizar era a oração. “Oração, oração e mais oração” era o seu lema.

Sadhu Sundar Singh costumava visitar o Tibete em cada Verão. Em abril de 1929 Sadhu Sundar Singh partiu outra vez na sua arriscada jornada para o Tibete, apesar do seu problema de coração e da cegueira de um dos seus olhos. Depois de ter partido, nunca mais se teve notícias dele. Ainda que os seus amigos tenham saído em busca de informações, nunca encontraram nenhuma pista; ele havia simplesmente desaparecido.

Quatro anos depois, quando o governo da Índia anunciou que Sadhu Sundar Singh fora oficialmente dado como morto, alguns suspeitaram de que ele, na verdade, se tivesse retirado da civilização para se dedicar à meditação e à oração no sopé da cordilheira dos Himalaias. Porém, o mais provável é que Sadhu Sundar Singh tenha morrido pouco depois de partir na sua última viagem missionária. Como C. H. Spurgeon meditava no dia 17 de dezembro no “Livro de Cheques do Banco da Fé” «O cúmulo da minha ideia sobre o Céu é o estar para sempre com o Senhor. A glória para mim não são nem as harpas de ouro, nem as coroas imarcescíveis, nem a luz sem nuvens; porém, sim Jesus, o próprio Jesus, e eu para sempre com Ele na mais íntima e amorosa comunhão» assim também, durante muitos anos Sadhu Sundar Singh estivera desejoso de deixar este mundo e de estar no Céu, na glória, junto ao seu Amado Senhor!

Sadhu Sundar Singh viu aplicado com muita propriedade na sua vida o versículo escrito em Marcos 8:35, que diz: “Qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de Mim e do Evangelho, esse a salvará!”

Artigo de Carlos António da Rocha